segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Sobre Leitura...


"Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história."

{Bill Gates}

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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Eu Penso Assim...


"Sempre imaginei que o paraíso
fosse uma espécie de livraria."

{Jorge Luiz Borges}
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domingo, 22 de novembro de 2009

As Virgens de Vivaldi...


1710 ANNO DOMINI

Madre mia caríssima



Queria mãe, escrevo para a senhora em estado de desespero! Às vezes acho que Deus deve me odiar para me deixar aqui, longe daqueles a quem amo. E, no entanto, não tenho servido bem a Deus, dedicando minha juventude a cantar os Seus louvores? O que fiz para ser abandonada aqui – de novo e mais uma vez ser abandonada aqui? Como eu gostaria que, de algum modo, a senhora pudesse me mandar uma palavra dizendo que eu não lhe escrevo em vão.

{...}
Nós estamos aqui para orar por Veneza e pela graça da República aos olhos de Deus. Mas descobri o tesouro secreto dessa nossa tarefa, e ele não tem nada a ver com qualquer bem mais elevado, mas apenas com minha própria satisfação.
Pronto, agora a senhora pode ver como sou egoísta. E talvez eu seja, na verdade, bem filha de minha mãe. Não há dúvida de que é mais conveniente para a senhora manter-se escondida de mim.

{...}
Vou lacrar esta carta e entregar para irmã Laura. Gosto de imaginar a senhora quebrando o lacre de minhas cartas. Tento alcançá-las através do vazio que nos tem separado e talvez nos separará para sempre. Escrevo e escrevo, muito embora tenha receio de que a senhora nunca vá ler estas cartas. Que irmã Laura simplesmente as lance ao fogo, satisfeita por ter me dado a ilusão de ser filha de alguém.
Através desse vazio, entretanto, envio beijos para a senhora. E o meu amor.


Anna Maria dal Violin





{Trecho Extraído do Livro: As Virgens de Vivaldi - Barbara Quick}



Sinopse: A Veneza do século XVIII, do alto de seu esplendor e decadência, é recriada por Barbara Quick neste fascinante romance. Personagens e contexto históricos construídos a partir de pesquisa e imaginação literária primorosa numa história de desejo e intriga, verdades ditas pela metade e mentiras venenosas. As Virgens de Vivaldi apresenta a história de Anna Maria dal Violin, uma personagem real que viveu em Veneza no início do século XVIII. Orfã moradora do Ospedale dela Pietà - orfanato onde as crianças recebem orientação musical - Anna Maria, apesar de muito jovem, desperta o interesse de Vivaldi devido à sua excelente habilidade com o violino. A protagonista, que narra a história já na idade adulta e por meio de cartas que escreveu quando criança, é talentosa e trabalha arduamente no aprimoramento de suas qualidades artísticas. Contudo, seus maiores desejos são: descobrir quem é sua mãe biológica e conhecer o mundo fora do orfanato. Isto a leva a fugir para fora de sua casa e cair no submundo de Veneza, cidade onde durante metade do ano as pessoas usam máscaras e se enclausuram no anonimato do carnaval. Nada é o que parece ser.As Virgens de Vivaldi lança um olhar fascinante no interior da fonte da herança musical de Vivaldi, que se entrelaça com a história envolvente de uma jovem à beira da maturidade em lugar e época deliciosamente marcantes.
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Opinião: Escrito de uma forma bastante lúdica, As Virgens de Vivaldi se passa em uma das cidades mais exóticasdo mundo, La Serenissima, Veneza!... Um livro lindo, escrito de maneira muito bela... Com certeza enquanto estamos lendo podemos ouvir a música de Vivaldi ao fundo... Vale muiiiiiiiito a pena! Esse é pra guardar entre os meus preferidos!


I.S.B.N.: 9788528613902
Acabamento : Brochura
Edição : 1ª Ed. / 2009
Idioma : Português
País de Origem : Brasil
Número de Paginas : 352

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

As Virgens de Vivaldi...


“Não vou discorrer sobre a infelicidade de perde-la – porque a tive o tempo todo. Agora sei disso. Sei que foi amor por mim que a fez guardar segredos por todos esses anos.

Estou zangada, mas não com a senhora. Eu me sinto enganada, mas não pela senhora. E esses dois sentimentos perturbadores são bem suavizados pela sensação de ter sido recompensada.

Eu costumava perguntar a mim mesma o que a tornava tão clama e serena e bondosa em sua existência enclausurada aqui, quando a senhora podia muito bem imaginar a outra vida que poderia ter tido, vivendo num palazzo, cercada de tudo de bom que mundo tem a oferecer a uma zentildonna nobile bem casada. E agora eu sei: eu era a razão. Estar perto de mim – ajudando-me, ensinando-me, guiando-me como a melhor das mães – era o suficiente para a senhora. A senhora não esperava recompensa nem reconhecimento por fazê-lo. O simples fato de eu existir a fazia feliz.

Saber disso mudou tudo para mim.”

{Barbara Quick - páginas 285 e 286}

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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

As Virgens de Vivaldi...


"Chego a acreditar que a música é a única companheira, a única professora, a única progenitora, a única amiga que nunca me abandonará. Todo esforço que lhe dedico é recompensado. Ela nunca despreza o meu amor, nunca deixa de responder às minhas perguntas. Eu dou, e ela retribui. Eu bebo, e - como a fonte do conto persa - ela nunca seca. Toco, e ela me fala dos meus sentimentos, e sempre me diz a verdade."

{Bárbara Quick - p. 220}

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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

As Virgens de Vivaldi...


"Eu nunca tive queda pelo remorso, apesar do grande apreço que lhe conferem. A mim, parece, em geral um estado de espírito que causa mais mal do que bem. Dizem que é a porta do Paraíso - mas essa porta está fechada para mim. E. sendo assim, que uso posso fazer de um sentimento que só me abriria a porta para a tristeza e a dor?"

{página 112}

Anna Maria dal Violin, personagem de Barbara Quick
in As Virgens de Vivaldi.

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

As Virgens de Vivaldi...

Lendo:

1709 - ANO DOMINI

Querida mãe,

Assim que aprendi a manejar a pena e a traçar as primeiras letras, pensei em escrever para a senhora. Em minha imaginação, escrevia muitas cartas como esta, e a senhora as lia. Elas a faziam chorar. Com o poder de uma música magnífica primorosamente executada, elas a traziam de volta a este lugar para me reconhecer como filha.

Será que alguma vez ocupei seus pensamentos como a senhora ocupou os meus? Será que os meus olhos a fariam lembrar da criança que eu era quando me viu pela última vez?
Quando deparo com meu reflexo numa janela obscurecida, às vezes me surpreendo ao ver o rosto de uma jovem mulher olhando para mim. Quão mais surpresa a senhora não ficaria ao constatar o trabalho de transformação do tempo?

{página 11}
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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Viva Chama...


Março de 1792


"Havia algo de humilhante em esperar na carroça numa agitada rua de Londres com todos os seus pertences amontoados em volta, à vista da curiosidade das pessoas. Jem Kellaway estava sentado numa pilha de cadeiras estilo Windsor que o pai havia fabricado havia anos para a família, e observava, abismado, os transeuntes inspecionarem sem qualquer pudor o carregamento da carroça. Ele não estava acostunao a ver tantos estranhos de uma só vez (o aparecimento de algum na aldeia de Dorsetshire, onde morava, era acontecimento para ser comentado por vários dias), nem chamar a atenção e ser observado. Agachou-se no meio dos onjetos da família, tentando ficar menos visível. Menino magrelo de cara comprida, profundos olhos azuis e bonitos cabelos louros caindo em cachos até abaixo das orelhas, Jem não gostava de chamar atenção, e as pessoas olhavam mais para as posses da família do que para ele. Um casal chegou a passar a manusear algumas coisas, como se estivesse apertando pêssegos num carrinho de mão, para ver qual o mais maduro: a mulher pegava na barra de uma camisola que saía da bolsa de alça; o homem testava os dentes de um dos serrotes de Thomas Kellaway para ver se estavam afiados. Mesmo quando Jem gritou "Largue isso!", ele demorou a colocá-lo no lugar.

{...}
A carroça em que viajavam, conduzida pelo Sr. Smart, um nativo de Piddle Valley dottado de um incomum senso de aventura, estava parada em frente ao Anfiteatro de Astley. Tendo apenas uma vaga ideia de onde encontrar Phillip Astley, e enhuma da imensidão que era Londres, Thomas Kellaway achava que podia ficar estacionado no centro da cidade, em frente ao anfiteatro onde se apresentava o Circo Astley, exatamente como faria em Dorchester. Para sorte deles, o Circo Astley era muito conhecido em Londres, e logo encontraram a grande construção no final da ponte Westminster, com seu treto abobadado de madeira terminando em ponta e entrada adornada de quatro colunas. Uma imensa bandeira branca tremulava ao vento no alto do teto, com dizeres ANFITEATRO, em preto, de um lado, DE ASTLEY, em vermelho do outro.

{Trecho Extraído do Livro: Viva Chama - Tracy Chevalier}

Sinopse: Neste novo romance, Tracy Chevalier foca sua história na cidade de Londres do século 18 e na vizinhança onde vive o pintor, poeta e visionário William Blake. No livro, o artista explora o estado de inocência e experiência dos personagens, tema de sua obra-prima, Canções da Experiência e da Inocência. A história é contada a partir da perspectiva de alguns vizinhos, em especial, duas famílias, uma que chegou recentemente do interior? que representa a inocência? e outra já costumada com a vida em Londres? que representa a experiência. Após a trágica morte de um dos filhos, os Kellaway abandonam a pacata e provinciana Dorset para se estabelecerem na capital, em pleno terror antijacobino. O patriarca, Thomas Kellaway, consegue trabalho como carpinteiro do circo do excêntrico e poderoso Philip Astley, cujos espetáculos causam furor enorme na sociedade. Logo no início, Jem Kellaway e sua irmã, Maisie, encantam-se com a esperta e fogosa Maggie Butterfield. Uma surpreendente amizade nasce entre eles enquanto se aproximam do vizinho William Blake. Com o tempo, os três começam a frequentar o jardim do artista, que não tenta influenciá-los com seus ideais políticos, mas sim, incentivá-los a ler e entender poesia.
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Opinião: A autora é muito conhecida por dar voz a personagens e obras de arte famosos. Dessa vez o poeta inglês Willian Blake serve de pano de fundo para a história de duas famílias, vizinhas do poeta,  e seus costumes diferentes. A autora tece com maestria mais uma vez nos brindando com um exclente livro.

Editora: Bertrand Brasil
Assunto: Literatura Estrangeira-Romances
ISBN: 9788528613971
Idioma: Português
Tipo de Capa: BROCHURA
Edição: 1
Número de Páginas: 416

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A Menina que Roubava Livros...


“Doido ou não, Rudy sempre esteve destinado a ser o melhor amigo de Liesel. Uma bolada de neve na cara é, com certeza, o começo perfeito de uma amizade duradoura.Dias depois do início das aulas, Liesel começou a ir à escola com os Steiner. A mãe de Rudy, Barbara, o fez prometer andar junto com a menina nova, principalmente por ter ouvido falar da bolada de neve. A favor de Rudy, verdade seja dita, ele ficou feliz em obedecer. Não tinha nada daquele tipo de garotinho misógino. Gostava muito de meninas e gostava de Liesel (daí a bolada de neve). Na verdade, Rudy Steiner era um daqueles cretininhos audaciosos que gostam de se engraçar com as mocinhas. Toda infância parece ter exatamente um desses jovens em seu meio e suas brumas. É o garoto que se recusa a temer o sexo oposto, puramente porque todos os outros abraçam esse medo, e é o tipo que não teme tomar decisões. Nesse caro, Rudy já se decidira a respeito de Liesel Meminger.”

{Markus Zusak - p. 47}

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segunda-feira, 2 de novembro de 2009

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Amanhecer...

"Estávamos sozinhos, só Edward e eu. O ambiente era vago e se alterava constantemente — metamorfoseava-se de uma floresta nevoenta para uma cidade nublada na noite ártica — porque Edward mantinha o local de nossa lua-de-mel em segredo para me surpreender. Mas eu não estava especialmente preocupada com a parte do onde.

Edward e eu estávamos juntos e eu cumpria à perfeição minha parte no trato. Ia me casar com ele. Essa era a parte grande. Mas também aceitei todos os seus presentes exorbitantes e estava matriculada, embora inutilmente, para freqüentar Dartmouth no outono. Agora era a vez dele.

Antes que ele me transformasse em vampira — sua parte maior no trato — havia mais uma condição a cumprir.

Edward tinha uma espécie de preocupação obsessiva com as coisas humanas de que eu estaria abrindo mão, as experiências que ele não queria que me fizessem falta. A maioria delas — como o baile, por exemplo — parecia tola para mim. Aquela era a única experiência humana cuja ausência me preocupava. É claro que era a única que ele queria que eu esquecesse completamente.

Mas ali estava a questão. Eu sabia um pouco como seria quando não fosse mais humana. Vi em primeira mão vampiros recém-criados e ouvi todas as histórias de minha futura família sobre aqueles primeiros tempos bárbaros. Por vários anos, minha principal característica seria a sede. Levaria algum tempo para eu poder ser eu de novo. E mesmo quando estivesse controlada, nunca sentiria exatamente o que sinto agora.

Humana… e amando apaixonadamente.

Eu queria concluir a experiência antes de trocar meu corpo quente, frágil e cheio de feromônios por algo bonito, forte… e desconhecido. Eu queria uma lua-de-mel de verdade com Edward. E, apesar do perigo que temia impor a mim, ele concordou em tentar.

Eu só estava vagamente atenta a Alice e deixei que o cetim escorregasse por meu corpo. Não me importei, naquele momento, que toda a cidade estivesse falando de mim. Eu não pensava no espetáculo que teria de estrelar muito em breve. Não me preocupava com tropeçar na cauda, rir na hora errada, ser nova demais, encarar os convidados ou até o lugar vazio onde meu melhor amigo deveria estar.



Eu estava com Edward em meu refúgio feliz."

{Trecho do Livro: Amanhecer - Stephenie Meyer}

Sinopse: Estar irrevogavelmente apaixonada por um vampiro é tanto uma fantasia como um pesadelo, costurados em uma perigosa realidade para Bella Swan. Empurrada em uma direção por sua intensa paixão por Edward Cullen, e em outra por sua profunda ligação com o lobisomem Jacob Black, ela resistiu a um tumultuado ano de tentação, perda e conflito até o momento da decisão definitiva. A escolha entre fazer parte do obscuro, mas sedutor, mundo dos imortais ou permanecer vivendo como humana se tornou o marco que poderá transformar o destino dos dois clãs: vampiros e lobisomens.Agora que Bella tomou sua decisão, uma corrente de acontecimentos sem precedentes se desdobrará, com consequências devastadoras. No momento em que as feridas parecem prontas para ser cicatrizadas, e os desgastantes confrontos da vida de Bella, resolvidos, isso pode significar a destruição. Para todos. Para sempre.
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Opinião: Neste último volume, a autora nos presenteia de forma bem particluar e emocionante o desfecho dessa saga. Vemos uma Bela fragil e incocente tranformada em uma mulher forte e que ira defender sua famíla do que preciso for. Uma pena que acabou, pois sempre fica um gostinho de quero mais. Stephenie Meyer entrou para o seleto grupo de meus autores favoritos.

Editora: Intrinseca
Assunto: Literatura Estrangeira-Romances
ISBN: 9788598078765
Idioma: Português
Tipo de Capa: BROCHURA
Edição: 1
Número de Páginas: 567

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Com quem se Parece???

Qualquer semelhança é mera coincidência.
Risos.

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sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Amanhecer...


PRÓLOGO

Não era mais apenas um pesadelo, e a fila de preto avançava para nós em meio à névoa gelada que seus pés levantavam.

Vamos morrer, pensei, em pânico. Eu estava desesperada por causa da preciosidade que protegia, mas pensar nisso já era um lapso de atenção a que eu não tinha direito.

Eles se aproximavam como fantasmas, os mantos escuros ondulando levemente com o movimento. Vi suas mãos crisparem-se em garras cor de osso. Eles se separaram, aproximando-se de nós por todos os lados. Éramos em menor número. Estava acabado.

E, então, como a explosão da luz em um flash, a cena toda ficou diferente. Apesar de nada ter mudado - Os Volturi ainda nos encurralavam, prontos para matar. Só o que realmente se modificou foi a percepção do quadro. De repente, eu ansiava por aquilo. Eu queria que eles atacassem.O pânico se transformou em desejo de sangue enquantoeu me agachava, com um sorriso no rosto, e um rosnado atravessava meus dentes expostos.

{p. 285}
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quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Amanhecer...

Lendo:

"Eu já tivera mais do que uma quota justa de experiências de quase morte; isso não é algo com que você se acostume. Mas parecia estranhamente inevitável enfrentar a morte outra vez. Como se eu estivesse mesmo marcada para o desastre. Eu havia escapado repetidas vezes, mas ela continuava me rondando. Ainda assim, dessa vez foi diferente. Pode-se correr de alguém de quem se tenha medo; pode-se tentar lutar com alguém que se odeie. Todas as minhas reações eram preparadas para aqueles tipos de assassinos — os monstros, os inimigos. Mas quando se ama aquele que vai matá-la, não lhe restam alternativas. Como se pode correr, como se pode lutar, quando essa atitude magoaria o amado? Se sua vida é tudo o que você tem para dar ao amado, como não dá-la?
Quando ele é alguém que você ama de verdade."


Bella, personagem de Stephenie Meyer
in Amanhecer
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Eclipse...

"O tempo não me deixara imune à perfeição de seu rosto, e eu tinha certeza de que nenhum aspecto dele deixaria de me surpreender. Meus olhos acompanharam suas perfeições: o quadrado do queixo, a curva suave dos lábios - agora retorcidos num sorriso -, a linha reta do nariz, o ângulo agudo das maçãs do rosto, o mármore macio da testa... Deixei os olhos para o final, sabendo que, quando olhasse dentro deles, talvez perdesse o fio do pensamento. Eles eram delicados, calorosos, intenso, e emoldurados por uma franja grossa de cílios escuros. Olhar seus olhos sempre fazia com que me sentisse extraordinária - como se meus ossos tivessem virado esponja. Eu também ficava um pouco tonta, mas isso devia ser porque eu me esquecia de respirar...
{...}

-Serei seu amigo, Bella - disse ele em voz baixa. -Não vou pedir mais do que isso.
-Acho que é tarde demais para isso, Jake. Como podemos ser amigos, quando nos amamos desse jeito?
-Talvez... precise ser uma amizade a distância.
Trinquei os dentes, feliz por ele não estar olhando meu rosto, reprimindo o choro que me ameaçava me dominar de novo. Eu precisava ser forte e não fazia idéia de como...
-Sabe aquela história na Bíblia? - perguntou Jacob de repente. -Aquela do rei e das duas mulheres que brigavam pelo bebê...
-Claro. O rei Salomão. -Isso mesmo.
-Ele disse corte a criança no meio... Mas era só um teste. Só para ver quem abriria mão de sua parte para protegê-la.
-É, eu me lembro. Ele me olhou no rosto.
-Não vou mais cortar você pelo meio.
Eu entendi o que ele estava me dizendo. Ele me dizia que me amava mais, que sua rendição me provava isso... Ficamos em silêncio por um momento. Ele parecia estar esperando que eu dissesse alguma coisa; eu tentava pensar em algo .
-Posso dizer a você qual é a pior parte disso?
-Pode.
-O pior é saber o que teria sido..."

{Trecho Extraído do Livro: Eclipse - Stephenie Meyer}
...

Sinopse: Enquanto Seattle é assolada por uma seqüência de assassinatos misteriosos e uma vampira maligna continua em sua busca por vingança, Bella está cercada de outros perigos. Em meio a isso, ela é forçada a escolher entre seu amor por Edward e sua amizade com Jacob — uma opção que tem o potencial para reacender o conflito perene entre vampiros e lobisomens. Com a proximidade da formatura, Bella vive mais um dilema: vida ou morte. Mas o que representará cada uma dessas escolhas?


Opinião: Eclipse talvez sejao livro mais dificil da série, pois precisa perparar o leitor para a última cena. A autora consegue isso com perfeição... A história de como os irmãos de Edward se tornaram vampiros é com certeza o ponto alto do livro... Temos também desvendado o porque da rivalidade secular entre lobos e vampiros... Eu adorei...!

Editora: Intrinseca
Assunto: Literatura Estrangeira-Romances
ISBN: 9788598078410
Idioma: Português
Tipo de Capa: BROCHURA
Edição: 1
Número de Páginas: 464

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Eclipse...

"... o som de seu coração - continuou ele mais sério, mas ainda sorrindo um pouco. - É o som mais importante do meu mundo. Estou tão sintonizado nele que juro que podeira ouvi-la a quilômetros de distância. Mas nada disso importa. Isto - disse ele, pegando meu rosto. - Você. É o que guardo."


{página: 199}

Edward Cullen, personagem de Stephenie Meyer
in Eclipse.

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terça-feira, 6 de outubro de 2009

Eclipse...


"Você é... bom, não exatamente o amor da minha vida, porque eu espero amar você por muito mais tempo do que isso. O amor de minha existência."

{página: 111}

Bella, personagem de Stephenie Meyer
in Eclipse.
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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Eclipse...

Prólogo

Todos os subterfúgios que tentamos foram em vão.
Com gelo no meu coração, eu o vi se preparar para me defender. Sua intensa concentração não demonstrava sinal algum de dúvida, embora eles estivessem em maior número. Eu sabia que não podíamos esperar qualquer ajuda – naquele momento, era certo que a família dele lutava pela própria vida assim como ele lutava pela nossa.
Será que um dia eu saberia o resultado desse outro combate? Descobriria quem haviam sidoos vencedores e os perdedores? Eu viveria tempo suficiente para isso?
As probabilidades não eram muito boas.
Olhos negros, selvagens com o desejo feroz por minha morte, esperavam o momento em que meu protetor estivesse distraído. O momento em que eu certamente morreria.
Em algum lugar, longe, muito longe na floresta fria, um lobo uivou.



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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Lua Nova...

"Minha cabeça já estava girando quando ele se aproximou mais de mim e colocou os lábios gelados nos meus. Como era a intenção dele, sem dúvida, eu me esqueci de todas as preocupações e me concentrei em lembrar como respirar.Sua boca pairou na minha, fria, suave e gentil, até que passei os braços por seu pescoço e me atirei no beijo com um pouco de entusiasmo demais. Pude sentir os lábios dele se curvarem para cima enquanto ele se afastava de meu rosto e tentava sair do meu abraço.Edward traçara limites muito cuidadosos para nossa relação física, com a intenção de me manter viva. Embora respeitasse a necessidade de preservar uma distância segura entre minha pele e seus dentes afiados, cobertos de veneno, eu tendia a me esquecer de questões banais como essa quando ele me beijava.
— Seja boazinha, por favor — sussurrou ele em minha bochecha. Ele apertou os lábios com delicadeza contra os meus mais uma vez e se afastou, cruzando meus braços em minha barriga.
Minha pulsação martelava nos ouvidos. Coloquei a mão no coração. Ele batia rápido demais sob minha palma.
— Acha que um dia vou superar isso? — perguntei, principalmente para mim mesma. — Que meu coração um dia vai parar de tentar pular do peito sempre que você tocar em mim?
— Eu realmente espero que não — disse ele, meio presunçoso.
Revirei os olhos.
— Vamos ver os Capuleto e os Montéquio se dilacerando, está bem?
— Seu desejo é uma ordem.
Edward se esparramou no sofá enquanto eu passava o filme, acelerando nos créditos de abertura. Quando me empoleirei na beira do sofá na frente dele, ele passou os braços em minha cintura e me puxou para seu peito. Não era exatamente tão confortável quanto um sofá, com seu peito duro e frio — e perfeito — como uma escultura de gelo, mas com certeza eu preferia isso. Ele puxou a velha manta oriental do encosto do sofá e me envolveu com ela, para que eu não congelasse junto de seu corpo.
— Sabe, nunca tive muita paciência com Romeu — comentou ele enquanto o filme começava.
— O que há de errado com Romeu? — perguntei, meio ofendida. Romeu era um de meus personagens de ficção preferidos. Até conhecer Edward, eu tinha uma espécie de queda por ele.
— Bem, antes de tudo, ele está apaixonado por essa Rosalina… Não acha que isso o deixa meio volúvel? E então, minutos depois do casamento, ele mata o primo de Julieta. Não é muito inteligente. Um erro depois do outro. Será que ele poderia destruir a própria felicidade de uma forma mais completa?
Eu suspirei.
— Quer que eu veja o filme sozinha?
— Não, vou assistir com você, de qualquer jeito. — Seus dedos traçaram desenhos em meu braço, me provocando arrepios. — Vai chorar?
— É provável — admiti —, se eu estiver prestando atenção.
— Então não vou distraí-la.
Mas senti seus lábios em meu cabelo, e esta era uma distração e tanto."



{Trecho do Livro: Lua Nova - Stephenie Meyer}


Sinopse: Para Bella Swan, há uma coisa mais importante do que a própria vida: Edward Cullen. Mas estar apaixonada por um vampiro é ainda mais perigoso do que ela poderia ter imaginado. Edward já resgatara Bella das garras de um mostro cruel, mas agora, quando o relacionamento ousado do casal ameaça tudo o que lhes é próximo e querido, eles percebem que seus problemas podem estar apenas começando...Legiões de leitores que ficaram em transe com o best-seller "Crepúsculo" estão ávidos pela seqüência da história de amor de Bella e Edward. Em "Lua nova", Stephenie Meyer nos dá outra combinação irresistível de romance e suspense com um toque sobrenatural. Apaixonante e cheia de reviravoltas surpreendentes, essa saga de amor e vampiros segue rumo à imortalidade literária.
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Opinião: Lua Nova tem muito suspense, ação e é tão cativante quanto Crepúsculo.Vemos uma Bela perdida entre seus sentimentos. O mehor é ler o livro na primeira pessoa o ue nos faz ficar mais próximos dos personagens. Com destaque para jacob que com certeza rouba a cena nesse livro.


Editora: Intrinseca
Assunto: Literatura Estrangeira
ISBN: 9788598078359
Idioma: Português
Tipo de Capa: BROCHURA
Edição: 1
Número de Páginas: 416

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Lua Nova...

"... só havia uma coisa na qual eu precisava acreditar pra ser capaz de viver - eu precisava saber que ele existia. Isso era tudo. Tudo mais podia ser suportado. Contanto que ele existisse."

Bella, personagem de Stephenie Meyer
in
Lua Nova
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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Mr. Darcy Declara-se pela Última Vez...


"- Tenho certeza de que é generosa demais para fazer pouco caso dos meus sentimentos. Se os seus são ainda os mesmos que manifestou em abril passado, diga-o imediatamente. Minha afeição permanece inalterada; basta porém uma única palavra sua para fazer que me cale para sempre.

Elizabeth, sentindo a difícil e aflitiva situação em que Darcy se encontrava, esforçou-se para falar. Embora de forma hesitante, deu-lhe a entender imediatamente que os seus sentimentos tinham passado por tão grande transformação, desde aquele período a que ele aludira, que agora podia aceitar as suas declarações com prazer e gratidão. "

Retirado Daqui!
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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Crepúsculo...

"Intuitivamente, eu sabia - e sentia que ele também sabia - que o dia de amanhã seria fundamental. Nosso relacionamento não podia continuar se equilibrando, como estava, na ponta de uma faca. Cairíamos para um lado ou para o outro, dependendo inteiramente da decisão dele, ou de seus instintos. Minha decisão estava tomada antes mesmo que eu tivesse escolhido conscientemente, e eu me comprometera a ir até o fim. Porque não havia nada mais apavorante pra mim, mais excruciante, do que a idéia de me afastar dele. Era uma impossibilidade.
{...}

Na luz do sol, Edward era chocante. Eu não conseguia me acostumar com aquilo, embora tivesse olhado a tarde toda. Sua pele branca, apesar do rubor fraco da viagem de caça da véspera, literalmente faiscava, como se milhares de diamantes pequenininhos estivessem encrustados na superfície. Ele se deitou completamente imóvel na relva, a camisa aberta no peito incandescente e escultural, os braços nus cintilando. As reluzentes pálpebras pálidas como lavanda estavam fechadas, embora ele evidentemente não estivesse dormindo. Uma estátua perfeita, entalhada em alguma pedra desconhecida, lisa como mármore, cintilante como cristal.
{...}

- Bella, eu não poderia conviver comigo mesmo se a ferisse. Você não sabe como isso me torturou. - Ele baixou os olhos, novamente envergonhado. - Pensar em você, imóvel, lívida, fria... Nunca mais vê-la corar de novo, nunca mais ver esse lampejo de intuição em seus olhos quando você vê através de meus pretextos... Seria insuportável. - Ele ergueu os gloriosos olhos angustiados para os meus. - Você é, agora, a coisa mais importante do mundo para mim. A mais importante de toda a minha vida.


{Trecho Extraído do Livro: Crepúsculo - Stephenie Meyer}

Sinopse: ''Crepúsculo'' poderia ser como qualquer outra história não fosse um elemento irresistível: o objeto da paixão da protagonista é um vampiro. Assim, soma-se à paixão um perigo sobrenatural temperado com muito suspense, e o resultado é uma leitura de tirar o fôlego - um romance repleto das angústias e incertezas da juventude - o arrebatamento, a atração, a ansiedade que antecede cada palavra, cada gesto, e todos os medos. Isabella Swan chega à nublada e chuvosa cidadezinha de Forks - último lugar onde gostaria de viver. Tenta se adaptar à vida provinciana na qual aparentemente todos se conhecem, lidar com sua constrangedora falta de coordenação motora e se habituar a morar com um pai com quem nunca conviveu. Em seu destino está Edward Cullen.Ele é lindo, perfeito, misterioso e, à primeira vista, hostil à presença de Bella o que provoca nela uma inquietação desconcertante. Ela se apaixona. Ele, no melhor estilo "amor proibido", alerta: Sou um risco para você. Ela é uma garota incomum. Ele é um vampiro. Ela precisa aprender a controlar seu corpo quando ele a toca. Ele, a controlar sua sede pelo sangue dela. Em meio a descobertas e sobressaltos, Edward é, sim, perigoso: um perigo que qualquer mulher escolheria correr.Nesse universo fantasioso, os personagens construídos por Stephenie Meyer - humanos ou não - se mostram de tal forma familiares em seus dilemas e seu comportamento que o sobrenatural parece real. Meyer torna perfeitamente plausível - e irresistível - a paixão de uma garota de 17 anos por um vampiro encantador.
...

Opinião: Além da gratificante leitura em primeira pessoa proporcionada de forma tão fluída, de fácil entendimento e perfeitamente adequada a cada momento vivenciado pela protagonista, a estrutura da história demonstra com clareza o potencial criativo e a ousadia da autora em criar um mundo com vampiros singulares, que se adequaram tão elegantemente ao romance.No que diz respeito ao amor entre Bella e Edward, com todo o ofegar desesperado dela e todo autossacrifício dele para manter-se próximo à ela, a sensibilidade colocada pela autora em cada sussurro, cada diálogo ou pensamento da protagonista não pode ser considerado simplesmente “meloso”, porque ali, a única coisa que pude ver foi o amor em estado de arte.


Editora: Intrinseca
Assunto: Literatura Estrangeira-Romances
ISBN: 9788598078304
Idioma: Português
Tipo de Capa: BROCHURA
Edição: 1
Número de Páginas: 355

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Crepúsculo e Jane Austen...

“Decidi matar a hora com leitura não relacionadas à escola. Eu tinha uma coleção de livros que vieram comigo para Forks, e o volume mais esfrangalhado era uma compilação das obras de Jane Austen. Escolhi este e fui para o quintal, pegando uma manta velha e puída no armário do alto da escada ao descer.
{...}


Deitei de bruços, cruzando os tornozelos no ar, folheando os diferentes romances do livro, tentando decidir qual deles ocuparia mais a minha mente. Meus preferidos eram Orgulho e Preconceito e Razão e Sensibilidade. Li o primeiro recentemente, então comecei por Razão e Sensibilidade, só para me lembrar, depois que comecei o capítulo três, que o herói da história por acaso de chamava Edward. Irritada, passei para Mansfield Park, mas o herói se chamava Edmund, e isso era parecido demais.
{...}"


{Página 114}
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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O Jogo do Anjo...


"- Tudo é um conto, Martín. o que cremos, o que conhecemos, o que recordamos e ate o que sonhamos. Tudo é um conto,uma narração,uma sequência de acontecimentos e personagens que comunicam um conteúdo emocional. um ato de fé e um ato de aceitação,aceitação de uma história que nos foi contada.só aceitamos como verdadeiro aquilo que pode ser narrado. Não me venha me dizer que a idéia não o tenta.
- Não.
- Não o tenta a idéia de escrever uma história pela qual os homens sejam capazes de viver e morrer, pela qual sejam capazes de matar e deixar-se matar, de sacrificar-se e de enfrentar a condenação, de entregar sua ama? Que desafio poderia ser maior para seu ofício do que criar uma história tão poderosa que transcenda a ficção e se converta em verdade revelada?
Ficamos nos olhando em silêncio durante vários segundos.
- Creio que já sabe qual e a minha resposta - disse eu, finalmente.
Corelli sorriu.
- Sei. Creio que quem ainda não sabe é você.
- Obrigado pela companhia sr. Corelli. E pelo vinho e pelos discursos. Muito instigantes. Abra o olho com as pessoas a quem fala dessas coisas. Desejo que encontre seu homem e que o panfleto seja um sucesso completo.
Levantei e preparei-me para sair.
- Está sendo esperado em algum lugar, Martín?
Não respondi, mas parei.
- Não sente raiva quando vê que poderia ter tantas coisas pelas quais viver, com saúde e fortuna, sem amarras? - disse Corelli às minhas costas.- Não sente raiva quando tudo isso é arrancado das suas mãos?
Virei lentamente.
- O que e um ano de trabalho diante da possibilidade deque tudo o que deseja vire realidade? o que e um ano de trabalho diante da promessa de uma longa existência na plenitude?
Nada, pensei a contragosto comigo mesmo. Nada.
- Essa é a sua promessa?
- Faça você o preço. Quer tocar fogo no mundo e deixá-lo queimar? Vamos fazê-lo juntos. Você fixa o preço. Estou disposto a lhe dar aquilo que você mais quer.
- Não sei o que mais quero.
- Creio que sabe, sim."

{Trecho do Livro: O Jogo do Anjo - Carlos Ruiz Zafón}
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Sinopse: Aos 28 anos, desiludido no amor e na vida profissional e gravemente doente, o escritor David vive sozinho num casarão em ruínas. É quando surge em sua vida Andreas Corelli, um estrangeiro que se diz editor de livros. Sua origem exata é um mistério, mas sua fala é suave e sedutora. Ele promete a David muito dinheiro e sua simples aparição parece devolver a saúde ao escritor. Contudo, o que ele pede em troca não é pouco. E o preço real dessa encomenda é o que David precisará descobrir.Em O Jogo do Anjo, o catalão Carlos Ruiz Zafón explora novamente a Barcelona do início do século XX, cenário de seu grande êxito internacional A Sombra do Vento, que vendeu mais de 10 milhões de exemplares em todo o mundo. Lançado este ano na Espanha, O Jogo do Anjo já ultrapassou a marca de um milhão de exemplares vendidos.

Opinião: Esse livro ainda é mais misterioso que A Sombra do Vento.. As tramas são ainda mais intrigantes e mais assustadores... O final é bem subjetivo deixando claro que algo ainda está por vir.. É muito bom!

Editora: Objetiva
Assunto: Literatura Estrangeira
ISBN: 9788560280308
Idioma: Português
Tipo de Capa: BROCHURA
Edição: 1
Número de Páginas: 410

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A Menina que Roubava Livros...


"As pessoas só observam as cores do dia no começo e no fim, mas, para mim, está muito claro que o dia se funde através de uma multidão de matizes e entonações, a cada momento que passa. Uma só hora pode consistir em milhares de cores diferentes. Amarelos céreos, azuis borrifados de nuvens. Escuridões enevoadas. No meu ramo de atividade, faço questão de notá-los…”

A Morte, in A Menina que Roubava Livros
personagem de Markus Zusak
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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Sobre Livros...


"Eles nos cercam como amigos que não desistem de nós. Estão em nossas bolsas, malas, mãos, pés, estantes de nossa casa, estantes de nossa livraria predileta, cama, às vezes perdidos. Aonde mais poderiam estar? Cada livro tem uma chave para a fechadura da porta do leitor. Uns abrem, outros não. Estão no mundo de todas as formas: impressos, eletrônicos, etc. E resistem ao tempo, às novas tecnologias, às crises. Os teus, os meus, os nossos, os vossos livros."

{Do blog: Lector in Fabula}
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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O Jogo do Anjo...

"- A inveja é a religião dos medíocres. Ela os reconforta, responde às angústias que os devoram por dentro. Em última análise, apodrece suas almas, permitindo que justifiquem sua própria mesquinhez e cobiça, até o ponto de pensarem que são virtudes e que as porta do céu se abrirão para os infelizes como eles, que passam pela vida sem deixar outro rastro senão suas toscas tentativas de depreciar os demais, de excluir e, se possível, destruir quem, pelo mero fato de existir, coloca em evidência sua pobreza de espírito, de mente e de valores. Bem-aventurado aquele para quem os cretinos ladram, pois sua alma nunca lhes pertencerá."


Pedro Vidal, personagem de Carlos Ruiz Zafón
in O Jogo do Anjo.


{p. 18 e 19}
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sábado, 22 de agosto de 2009

O Jogo do Anjo...

Próxima Leitura:

"Um escritor nunca esquece a primeira vez em que aceita algumas moedas ou um elogio em troca de uma história. Nunca esquece a primeira vez em que sente o doce veneno da vaidade no sangue e começa a acreditar que, se conseguir disfarçar sua falta de talento, o sonho da literatura será capaz de garantir um teto sobre sua cabeça, um prato quente no final do dia e aquilo que mais deseja: seu nome impresso num miserável pedaço de papel que certamente vai viver mais do que ele. Um escritor está condenado a recordar esse momento porque, a partir daí, ele está perdido e sua alma já tem um preço."

{O Jogo do Anjo}
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Ishq e Mushq - Amor e Cheiro...


"— Você é a minha perfeição.

Quando viu Sarna, Karam percebeu pela primeira vez o sentido da palavra “beleza”. Ele recordava esse momento como uma pontada afiada no fundo da garganta que fez com que sua respiração parasse em algum lugar do peito e a cabeça ficasse tonta. As outras pessoas presentes testemunharam esse momento e pensaram que Karam estivesse engasgando. Ele cuspira gotas de laranja do doce de ludoo que a mãe de Sarna acabara de empurrar para ele. A borrifada voara bem na direção de Sarna, como uma chuva de confetes.

Karam sempre fora suscetível à beleza, mas via esse impulso como um gosto pela ordem. Era fascinado pela precisão. Adorava a matemática e tirava proveito da própria habilidade, extraindo enorme satisfação da precisão que ela podia invocar na sua mente em meio à incerteza que o cercava. Na casa apinhada em que cresceu, em Nairóbi, Karam superava situações difíceis subindo escadas de números na sua cabeça. À noite, em seu quarto coletivo, quando os murmúrios e os roncos dos irmãos o perturbavam, ele se recolhia ao ábaco que era a sua mente e caía no sono ao som da cantiga dos tiquetaques dos números. Quando Baoji, seu pai, apanhava a vassoura para puni-lo por algum erro, Karam começava a contar. Cada golpe na perna Karam transformava em uma conta, e construía uma equação contra a dor, de modo que, com a primeira pancada, ele pensava: “1/2 =”, e quando a segunda pancada vinha, ele usava a resposta para formular outro cálculo: “0,5 x 94 =”. No terceiro golpe, ele continuava figurando — “47²” —, e assim a conta prosseguia — “2.209 x 1.010 =” —, os números iam se multiplicando na proporção da dor e ao mesmo tempo a bloqueavam — “2.231.090 x 100 =” —, os zeros se acumulando em sua cabeça de modo a nunca saltarem num “Ai!” da sua boca.

Desse amor pelos números, se seguiu que, para Karam, o prazer estético estava na regularidade, numa tarefa bem-feita. Na chegada ou na partida de alguém exatamente na hora combinada. Na eficiência elegante do salai, longo e metálico como uma agulha de tricô, prendendo qualquer cabelo rebelde sob um turbante. Quando, pela visão de Sarna, ele sentiu o mesmo prazer intensificado, Karam entendeu que era o seu sentido de beleza que o comovia. Em Sarna, ele descobriu seu lado mais sensual. Olhou à sua volta e viu com novos olhos a curva dos galhos de uma árvore, a ventania sinuosa das nuvens, o arco na envergadura da asa de um pássaro. Viu que mesmo a menor folha de grama se inclina em direção ao sol. Ele se deu conta de que a severidade impregnara de modo não natural a sua vida: entrara em seus pensamentos, seus hábitos, até mesmo em seu sono. Ele dormira esticado e imóvel durante a maior parte da vida, o resultado inevitável de dividir uma cama com tantos irmãos. Agora, ao dormir, enroscava-se em posição fetal, ou, como uma lua nova, em forma de gancho, em volta de Sarna. Isso também era beleza.
{Trecho Extraído do Livro:Ishq e Mushq - Pryia Basil}

Sinopse: Quando Sarna Singh trocou as belas montanhas de Uganda pela Inglaterra, ela não esperava encontrar ruas decadentes e casas caindo aos pedaços. Seu marido Karam fora seduzido pela cidade de Londres. A seu companheiro pudesse visitar suas amantes inglesas. Sarna também tem um segredo, e está disposta a esconde-lo a qualquer custo ; ela seduz seu professor de inglês com seus dotes culinários para conseguir um sotaque perfeito. Com dois filhos para educar, o dinheiro é pouco, e logo ela faz visitas periódicas ao supermercado para furtar mantimentos.

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Opinião: O Livro começa na guerra de independência da Índia e conta a história de uma mulher que se casa e junto com seu marido buscam um vida melhor. Os dois guardam segredos que preferem não partilhar... A história é romântica mostra que as vezes erramos por amor e tentamos nos redimir... E mostra que sempre existem novos caminhos que podemos escolher...

Editora: Nova Fronteira
Assunto: Literatura Estrangeira-Romances
ISBN: 9788520920824
Idioma: Português
Tipo de Capa: BROCHURA
Edição: 1
Número de Páginas: 461

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Ishq e Mushq - Amor e Cheiro

"Dizer a verdade, embora demande muito resforço, não é o bastante para mudar as coisas. A mudança só se realiza pela prática da verdade."

{p. 380}
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terça-feira, 18 de agosto de 2009

Orgulho e Preconceito...

Adoro esse livro, adoro esse filme!

:)

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sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Ishq e Mushq - Amor e Cheiro


"{...} símbolos deveriam ser descartáveis, pois, seja o que for que esteja por trás dele; idéias, crenças, sentimentos; isso é o que deve ser capaz de resistir."

{p.273}

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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A Sombra do Vento...

"Muitas vezes o que conta não é o que se dá, mas o que se cede.

Há poucas razões para se dizer a verdade, mas para mentir o número é infinito.

O destino costuma estar na curva de uma esquina. Como se fosse uma lingüiça, uma puta ou um vendedor de loteria: as três encarnações mais comuns. Mas uma coisa que ele não faz é visitas em domicílio. É preciso ir atrás dele."

{Carlos Ruiz Zafón}

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segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Ishq e Mushq - Amor e Cheiro

"Qualquer situação com a qual nos acostumamos pode muito rapidamente se transformar em hábito."

{p. 100}
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sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Ishq e Mushq - Amor e Cheiro


"Há respostas vindo de todo o lado, todo lado.
Mas o caminho para encontrar a resposta certa está deste lado, deste lado...
E ele apontava para o coração da pessoa com quem estivesse falando."

{p. 53}
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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Sob o Sol da Índia...

“Juntas as duas olharam para um delicado colar de luzes que surgia adiante no mar escuro e encrespado. Uma cidade estrangeira onde pessoas estrangeiras estavam escovando os dentes, lavando a louça do jantar e pensando em ir para cama.
{...}


“‘Eu também mal conheço a mulher com quem estou me casando’. Era assim que ele se sentia voltando para casa aos prantos, sozinho no riquixá, e também durante toda a noite que se seguiu, que passou em claro, suando frio em sua cama. Ele esperava que no dia seguinte não se sentisse daquele jeito.”
{...}

“No banheiro, ela encheu a bacia e espirrou água no rosto com raiva. Era estranho – pensou ela, prendendo o cabelo para trás e passando duas pitadas de creme de limpeza no rosto – não ter falado a Tor sobre como estava se sentindo nervosa. Parecia um gesto de deslealdade, mas ela não sabia dizer se estava sendo desleal com Jack ou com sua melhor amiga, tal era o estado de confusão em que se encontravam seus pensamentos.”
{...}

“A festa das Mil e Uma Noites já estava animadíssima quando Tor subiu ao convés naquela noite. O céu flamejava com cores de coral e de um vinho bem claro, e os rostos dos convidados estavam banhados pela luz. A tripulação havia passado o dia correndo para lá e para cá, forrando as mesas com toalhas cor-de-rosa e fazendo pilhas de figos, mangas e asiminas, além de frutas cristalizadas e docinhos turcos de gelatina. Havia luzes coloridas penduradas ao longo da murada do convés e o que costumava ser a parte do convés para a prática de esportes tinha sido magicamente transformado na tenda de um sultão. Havia um engolidor de fogo dentro da tenda e uma aglomeração de pessoas que falavam alto e usavam máscaras, sandálias turcas, sáris e vestidos esvoaçantes. O coronel Kettering, numa túnica longa, balançava ao som de uma orquestra de músicos egípcios. Tor respirou fundo. ‘Ombros para trás. Cabeça erguida. Sorria. Caminhe.’ Seu destino era o outro lado do convés carmim, onde ela localizou seu grupo bebendo e rindo.”

Para saber mais, leia aqui!
Sinopse: Em 1928, três jovens inglesas partem no navio Kaiser-i-Hindi para Bombaim, na Índia. Cada uma carrega, no íntimo, a crença de que aquela jornada será o ponto de partida para algo novo, que determinará o restante de suas vidas. Unidas pelo destino, elas verão suas companheiras se tornarem definitivamente mulheres, cada qual a seu modo, mas de maneira irreversível.Viva Holloway é uma jovem aspirante a escritora que decide voltar à Índia, onde foi criada, para reencontrar seu passado. Para atingir seu objetivo, se emprega como dama de companhia da inexperiente Rose, que está a caminho da então colônia para se casar com um oficial britânico que mal conhece. Junto com elas vão Guy Glover, um garoto agressivo e arredio, e Victoria, amiga de infância de Rose que será dama de honra em seu casamento. Tor, como Victoria se apresenta, busca na viagem a libertação das imposições morais da sociedade inglesa. Julia Gregson escreveu um fascinante romance de formação, em que reaviva os costumes dessas duas culturas no início do século XX, descrevendo com brilho a sociedade britânica do entre guerras e toda a riqueza cultural da Índia na época de sua independência. Nesse mundo em transformação, conhecemos a construção da personalidade de três mulheres em meio a um período em que a identidade de um povo se afirmava. Como no célebre livro de Gertrude Stein, Três vidas, são três mulheres diferentes que têm em comum o desconforto com todos os ditames, as exigências e os limites decorrentes de terem nascido mulheres em sua época e classe social. Mas as personagens de Gregson vão além da sujeição à sua época. Viva, Rose e Tor encontram uma maneira própria de conquistar sua liberdade, sob o sol da Índia.
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Opinião: O livro aborda a trajetória de três jovens inglesas que viajam para a Índia, cada uma com sua história.... uma vai de encontro a seu noivo e sua nova vida, a outra, sua amiga, vai acompanhá-la e quem sabe tbem arranjar um belo casamento... Mas a história da terceira personagem, Viva que me chamou mais atenção, ela retorna a Índia, onde morou na infância na esperança de resgatar seu passado... Eu adorei esse livro...

Assunto: Literatura Estrangeira-Romances
ISBN: 9788522008513
Idioma: Português
Edição: 1
Número de Páginas: 574

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Ishq e Mushq - Amor e Cheiro

Próxima Leitura:

'Existem apenas duas coisas que não podemos esconder:
Ishq e mushq. Amor e cheiro'.






"Quando Sarna Singh trocou Uganda pela Inglaterra, ela não esperava encontrar ruas decadentes. Seu marido fora seduzido pela cidade de Londres. A mulher, entretanto, está convencida de que eles se mudaram para que seu companheiro pudesse visitar suas amantes inglesas. Sarna também está atormentada por um erro que cometera quando jovem, ainda na Índia. Para afastar as memórias indesejadas, ela cozinha sem parar, adoçando seus pensamentos com açúcar ou sufocando-os com o tempero mais forte que possui. Quando ela recebe uma inesperada carta, seu equilíbrio cai por terra. A carta traz um ultimato que ela não pode ignorar. Priya Basil explora com paixão as complexidades da vaidade e do amor. Seu envolvente retrato das adversidades da família Singh contém verdades universais sobre cada um de nós.

“Priya Basil é uma das mais talentosas escritoras de língua inglesa que já surgiram nos últimos tempos. É bom prestar atenção nesse nome.” — The Guardian
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sexta-feira, 31 de julho de 2009

Sob o Sol da Índia...


"Lakshmi era a deusa da prosperidade. Viva ja sabia que, naquela noite, cada porta em Byculla estaria aberta paraque ela pudesse entrar espalhar sua generosidade.E depois os fogos de artifício: rodas de Santa Catarina cuspindo fogo como se fossem respingos de gordura no ar danoite, recendendo a laranja, e depois o estouro dos rojões, tingindo os rostos das crianças de luzes azuis, amarelas e cor de rosa, efazendo com que a enorme multidão ficassese sem fôlego de puro encanto.

Duas semanas antes, quando os comerciantes começaram a amolar as pessoas pedindo doações para a festa de Diwali, tocando o sino no portão do orfanato, interrompendo as aulas pedindo dinheiro para os fogos de artifício, Viva tinha reclamado com Dayse que aquilo parecia uma péssima despesa, deixar todo aquele dinheiro se transformar em fumaça. Agora via que estava errada.

Ali estava a essência daquela festa: naquela noite, a mais escura do ano, em um dos países mais pobres da terra, a esperança estava sendo celebrada. E ela era parte disso, ali em pé, embasbacada, humilhada pela alegria imbatível deles, por sua fé em que as coisas poderia mehorar."

{página: 428 - Julia Gregson}
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quinta-feira, 30 de julho de 2009

Também penso assim...

"Em geral quando termino um livro encontro-me numa confusão de sentimentos, um misto de alegria, alívio e vaga tristeza. Relendo a obra mais tarde, quase sempre penso ‘Não era bem isto o que queria dizer’."

{Érico Veríssimo}
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quinta-feira, 23 de julho de 2009

Sob o Sol da Índia...

"{...}
Viva havia combatido esses sentimentos por alguns dias, mas naquela manhã, sem uma razão que ela conseguisse identificar, acordou se sentindo mais otimista. Abriu os olhos pela primeira vez ouviu passarinhos cantando na figueira do lado de fora, e a escolha parecia ridicularmente clara: ela poderia afundar ou nadar, e estava pronta para nadar outra vez."

{página: 208}

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terça-feira, 21 de julho de 2009

Orgulho e Preconceito...


Jane: Grande parte das vezes é a nossa própria vaidade que nos ilude. Para as mulheres, a admiração que elas crêem no objeto significa mais do que aquilo de fato se trata.

Elizabeth: E são os homens que se encarregam de as convencer.

Jane: Se é propositalmente que o fazem, não têm desculpa; mas não creio que no mundo haja tanta duplicidade, como a maioria das pessoas pretende fazer acreditar.

Elizabeth: Estou longe de atribuir à duplicidade alguma faceta do comportamento de Mr. Bingley; mas o que certo é que, mesmo sem se planejar fazer o mal ou tornar os outros infelizes, podem-se criar situação de equívoco e sofrimento. Refiro-me à inconsistência, à falta de atenção para com os sentimentos dos outros e à falta de poder de resolução.

{Jane Austen}
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