terça-feira, 31 de março de 2009

Orgulho e Preconceito...


"- Grande parte das vezes é a própria vaidade que nos ilude. - disse Jane - Para as mulheres, a admiração de que elas crêem no objeto significa mais do que aquilo que de fato se trata.- E são os homens que se encarregam de as convencer. - disse Elizabeth.- Se é propositalmente que o fazem, não têm desculpa; mas não creio que no mundo haja tanta duplicidade, como a maioria das pessoas pretende fazer acreditar.- Estou longe de atribuir à duplicidade alguma faceta do comportamento de Sr. Bingley; mas o que é certo é que, mesmo sem se planejar fazer o mal ou tornar outros infelizes, pode-se criar situações de equívoco e de sofrimento. Refiro-me à inconsistência, à falta de atenção para com os sentimentos dos outros e à falta de poder de resolução."
{...}
Readquirida a tranqüilidade de espírito, e com ela seu bom humor, Elizabeth exigiu do Sr. Darcy que lhe contasse como se apaixonara por ela.- Como começou? - disse ela. - Compreendo que tenha progredido gradualmente, após o primeiro passo; mas o que foi que o impulsionou?- Não posso determinar a hora ou o lugar, o olhar ou as palavras que alicerçaram o meu amor. Já estava no meio e ainda não sabia que tinha começado.
{...}
- Por que razão se mostrou tão tímido comigo na primeira vez que nos visitou e, depois, quando aqui jantou? E sobretudo, por que conservava uma atitude tão distante e fria?- Porque também você se mantinha grave e silenciosa e não me deu nenhum encorajamento.- Mas eu estava embaraçada.- E eu também.- Podia ter procurado conversar mais comigo, quando veio jantar.- Um homem menos apaixonado que eu talvez o tivesse feito."


{Trecho Extraído do Livro: Orgulho e Preconceito – Jane Austen}

Sinopse:
Em Orgulho e Preconceito Jane Austen pintou um quadro notável da vida provincial inglesa. Seu olhar lúcido não deixou escapar nada, nenhuma fraqueza ou presunção dessa gente que ela conhecia tão bem. A mediocridade das atitudes, o ridículo dos hábitos, a vaidade e a tolice que separavam burgueses e nobres, todos esses aspectos que ela retratou com maestria.Figura exponencial da literatura inglesa, Jane Austen é considerada um dos principais elementos criadores do romance inglês. Seus livros atravessaram os anos com assombrosa vitalidade, e as sucessivas reedições em todo o mundo são a melhor prova disso. As recentes adaptações para o cinema de suas histórias levaram a um grande público a exata noção de trama bem construída, humor cáustico e engenharia de personalidades, como a heroína Elizabeth, que numa disputa com Mr. Darcy encontrou o amor e um entendimento maior de suas próprias emoções.
...
Quem gosta de uma boa leitura, com certeza gosta desse livro... O que falar de Jane Austen (sou mais que supeita)... Ele descreve com primor os costumes da época e me fez querer, muitas vezes, ser amiga de Elizabeth Bennet. E quem não quer um Mr. Darcy???

segunda-feira, 30 de março de 2009

Livro Novo é Assim...


Pega Nele.
Olha a capa. Vira e Revira para ver a contra-capa e a lombada. Passa os dedos suavemente pela capa, como que a acariciar um objeto religioso.
Abre-o.
Começa a ler as primeiras páginas. Vê o nome do autor, os agradecimentos, a edição e o nome na lingua original, as descrições da capa. Cheira as páginas.Inala com os olhos fechados o aroma a livro novo. Um cheiro diferente de livro para livro, mas no entanto tão igual, tão cativante. Um cheiro a papel e cola capaz de evocar aventuras e lágrimas, personagens e lugares, autores e situações. Continua a folhear.
Capitulo um, ou Prólogo, ou citações. Independentemente do modo como começa, as primeiras linhas atraem o leitor como um íman. Lembram-lhe o que passou e incitam-no a saber o que virá.

A leitura é a essência que nos preenche a alma, que nos conforta o coração e que nos transporta para outros mundos, épocas ou situações. Ler não é apenas passar o tempo.É amar, sentir, odiar, chorar com as personagens, viver o que eles vivem, até chegar à palavra "Fim" para ficar com pena de ter terminado. Apesar de tudo terminar um livro pode ser um alívio ou uma tristeza. Mas todos eles deixam algo em nós, e com todos crescemos mais um bocadinho. Receber um novo livro é isto. É um "novo começar" que se repete. É um ciclo que se inicia não do zero, mas como continuação do anterior. É abraçar a diversidade e ultrapassar barreiras. É rir, chorar, amar. É conhecer o mundo, que por vezes parece tão inacessível. No fundo, é viver.

Fecha o livro e ao coloca-o na prateleira, sorri. Ao virar as costas, caminhando agora mais seguro de si pensa: - Este valeu a pena!

sexta-feira, 27 de março de 2009

Um Dia Especial...


"Não poderia ter havido dois corações tão sinceros,
nem gostos tão semelhantes,
nem sentimentos mais uníssono,
ou rostos tão amados."


{Persuasão - Jane Austen - p.55}
...

quinta-feira, 26 de março de 2009

Os Saltimbancos Sagrados...


"Amar nem sempre, mas para sempre". É um dos ditados da minha mãe e toda a minha vida essa foi a história do meu coração. {...} Amor pela minha mãe. Amor pelos meus amigos. O sombrio e complexo amor de uma mulher por um homem.Quando Fleur nasceu, entretanto, tudo mudou. Um homem que nunca viu o oceano pode achar que o compreende, mas ele só pensa no que conhece, imagina uma grande extensão de água, maior do que um poço, maior do que um lago. A realidade, porém, está além da imaginação. Os cheiros, os sons, as angústias e as alegrias que não se comparam com experiências anteriores. Assim era Fleur. Nunca, desde o meu décimo terceiro verão, tive uma percepção como essa. Desde o primeiro instante qm que Mère Marie me entregou Fleur para mamar, eu soube que o mundo havia mudado. Eu tinha vivido sozinha e não sabia. Tinha viajado, lutado, sofrido, dançado, fornicado, amado, odiado, lamentado e triunfando sozinha, vivendo como um animal, dia após dia, sem me importar com nada, sem desejar nada, sem temer nada. Subitamente, tudo mudou: Fleur tinha vindo ao mundo. Eu era mãe."


{Trecho Extraído do Livro: Os Saltimbancos Sagrados - Joanne Harris}

Sinopse:
Ambientada na França do século XVII, tendo como pano de fundo a Inquisição, esta é a história de Juliette, ex-atriz e equilibrista, que é forçada pelas circunstâncias a abandonar sua vida de viagens e procurar refúgio entre as freiras da remota abadia de Sainte Marie-de-la-Mer, localizada numa ilha isolada. Rebatizada como Soeur Auguste, Juliette consegue criar uma nova vida para ela e para sua filha, a pequena Fleur, sob a tutela da bondosa abadessa. Os tempos, entretanto, estão mudando. O assassino do rei Henrique IV provoca uma profunda revolta social e política, que logo atinge aquela remota comunidade. Após a morte da velha abadessa, outra religiosa é indicada para o cargo e Juliette vê sua vida confortável começar a se desfazer. A nova encarregada da abadia é Isabelle, uma menina de onze anos, filha de uma família nobre e corrupta. E para piorar a situação, a garota traz consigo um fantasma do passado de Juliette, Guy LeMerle, um homem capaz de destruir a vida de todos que cruzam seu caminho. Fazendo-se passar por um clérigo, LeMerle logo começa a manipular as freiras para que ajam de acordo com seus interesses. À medida que segredos, paixões e pequenas rivalidades culminam em assassinato, Juliette e LeMerle travam um jogo mortal de inteligência, determinação, amor e ódio, cujo preço pode ser a vida de ambos.
...
É um livro bem ambientado... Mostra a luta dos personagens principais que se enfrentam em um jogo de astucia e inteligencica... Muito bem escrito e de leitura bem facil e agradavel.

Editora: Rocco
Assunto: Literatura Estrangeira
ISBN: 8532520081
Idioma: Português
Tipo de Capa: BROCHURA
Edição: 1
Número de Páginas: 320

quarta-feira, 25 de março de 2009

Minha Estante...

A Travessia do Albatroz...



”(...) Embarquei sem olhar pra trás. Qualquer palavra naquela hora teria desencadeado uma avalanche incontrolável de emoções represadas. Escolhi um banco vago e, através da janela, vi a figura do meu pai diminuindo até virar um ponto na paisagem. Eu podia imaginar o tamanho da sua dor ao relembrar uma frase que não me saia da memória: “Um dia você vai aprender que para nós, iranianos, a família é tudo. Enquanto estivermos juntos e unidos, ficaremos bem”, ele dissera no dia da minha formatura, quando reagi com desprezo diante da possibilidade de passar a vida atrás do balcão na loja do bazar.
Por cruel ironia, Khoda conseguira colocar aquilo no meu coração. Ele me ensinou a dar valor à família justo no momento em que eu não poderia tê-la comigo. Aliás seria o primeiro Noruz*, em toda a minha vida, que passaria longe deles. Nesse instante, fechei os olhos e, mesmo sem poder ajoelhar-me em direção a Meca, recitei o versículo 107 do Alcorão: “E se Alá te tocar com um infortúnio, não há quem remova, senão Ele; e se Ele te deseja um bem, não há quem revogador de seu favor. Com este, Ele alcançará a quem quer de Seus servos."Com um passe de mágica, senti minha alma pacificada e o desespero esvaiu-se..."

* Noruz: Passagem do ano novo.
{Trecho do Livro: A Travessia do Albatroz – Amor e Fuga no Irã dos Aiatolás - Márcia Camargos}

Sinopse:
Este livro é um romance baseado na história real de um jovem iraniano e seu melhor amigo. Contrariando normas rígidas, Kurosh Majidi (nome fictício) apaixona-se por Zibã, uma não muçulmana. Na direção oposta, seu amigo Behruz abraça o radicalismo xiita. Candidato a mártir, está disposto a morrer em nome de Alá, ainda que para isso tenha que sacrificar a amizade de infância. Convertido em militante radical, Behruz engaja-se no exército de Khomeini. Amante da liberdade, Kurosh evita as frentes de combate. Vê os amigos serem seduzidos pelo fanatismo, enquanto ele se distancia da fé. Quando a história assume proporções trágicas, Kurosh decide que chegou a hora de partir. Começa então sua epopéia, ponto central do livro. Kurosh aventura-se rumo à fronteira com a Turquia e acaba preso e torturado. Retorna à cidade natal, mas não desiste. Como um albatroz, a grande ave migratória, ele reúne forças, supera o medo e atravessa a cordilheira coberta de neve e infestada de lobos famintos.
...
O livro é uma biografia e mostra a fuga de um jovem quando o regime ditatorial dos Aiatolás toma o poder no Irã... Somos apresentadas a um irã pouco conhecido e a luta de sua família para que ele possa ficar em liberdade. Vale a Pena!

P.S.: As fotos são lindas!

Editora: Ediouro
Assunto: Literatura Nacional
ISBN: 9788560302130
Idioma: Português
Tipo de Capa: BROCHURA
Edição: 1
Número de Páginas: 320

sábado, 21 de março de 2009

As Memórias do Livro...

“{...}
Entrei na biblioteca aquele dia e encontrei a seção de prateleiras que tinha limpado na semana anterior, e comecei a tirar os livros da seção seguinte. Eram livros mais velhos, na maioria; por isso, resolvi tomar cuidado especial enquanto os colocava de lado. De repente, estava na minha mão. Olhei para ele. Abri-o. E eu estava de volta a Sarajevo, no escritório de efêndi Kamal, com Stela tremendo ao meu lado, percebendo de uma maneira que eu só compreendia em parte, na época, que efêndi Kamal devia ter feito algo que a deixara com muito medo. De repente, era como seu eu ouvisse a voz dele: “O melhor lugar para esconder um livro pode ser uma biblioteca”.
Eu não sabia o que fazer. Imagina, claro, eu o livro devia estar lá, onde estava. Mas parecia estranho que um famoso e antigo manuscrito estivesse jogado de qualquer jeito naquela prateleira.
E foi isso que eu lhes disse quando me questionaram: o bibliotecário-chefe, o diretor do museu e outro homem que eu não conhecia, com aspecto de soldado, mas que parecia saber tudo sobre o livro e sobre Serif Kamal. Eu estava nervosa, porque eles pareciam não acreditar em mim, ou que tal coincidência pudesse ocorrer de fato; e, quando fico ansiosa, as palavras hebraicas me escapam. Não conseguia me lembrar de peleh, “milagre”, e disse siman que dá a idéia de “sinal”. Mas no fim, aquele que parecia soldado me compreendeu. Sorriu para mim, muito gentil. Em seguida virou-se para os outros e disse:- Bem, por que não kinderlach? Toda a história desse livro, e de sua sobrevivência até hoje, tem sido uma série de milagres. Então por que não mais um?”


{Trecho Extraído do Livro: As Memórias do Livro – Geraldine Brooks}

Sinopse:
Da Espanha de 1480 até a enfraquecida Sarajevo de 1996, um livro sagrado de valor incalculável é caçado por fanáticos políticos e religiosos. Seu destino está nas mãos de uma talentosa conservadora de livros a charmosa protagonista Hanna, e sua recuperação resulta em um mistério histórico arrebatador.Quando Hanna é chamada a Sarajevo para examinar o Hagadá, um código judaico do século XV que havia desaparecido durante a guerra da Bósnia, ela não pode acreditar que um documento tão maravilhoso estava preservado depois de tantas guerras e tanto preconceito. A partir de pistas encontradas no próprio manuscrito uma asa de inseto, manchas de vinho e um pêlo branco Hanna desvenda uma série de enigmas fascinantes e reconstrói as memórias do livro. E o resultado é um verdadeiro épico, uma corrida contra o tempo para revelar o passado e dar espaço à crônica da história do livro, enquanto Hanna procura a cura para uma criança vítima da intolerância da guerra, um amor impossível, sua própria identidade e proteção: do Hagadá e de sua própria vida.

Para saber mais sobre o livro, clique aqui
...


“No lugar onde se queimam livros, no fim se queimam homens”
~ Heinrich Heine ~


A autora se tornou uma das minhas favoritas... Ela escreve de uma maneira que faz a gente ficar preso dentro do livro... A cada pista encontrada para desvendar os mistérios do livro sagrado, somo transportados para diferentes histórias, épocas e costumes diferente... Eu simplesmente AMEI o livro. Espero ler outros da autora tão bons quanto este.

Editora: Ediouro
Assunto: Literatura Estrangeira-Romances
ISBN: 9788500023323
Idioma: Português
Tipo de Capa: BROCHURA
Edição: 1
Número de Páginas: 400

sexta-feira, 20 de março de 2009

Meu Coração Ferido...


“{...} Na primavera de 1944, esse estado de coisas chegou ao fim. A Gestapo decidiu enviar Lilli para Auschwitz. {...}Lilli enviou mas um curto relato à sua família, dessa vez em forma de carta:

A todos os meus muito queridos filhos: Esta é uma viagem longa e tediosa.
{...}
E, independentemente de quanto tempo eu demore a entrar em contato, tentem escrever primeiro – talvez eu consiga receber. Temos que esperar para ver como tudo vai ficar. Vou continuar sendo corajosa, cerrar meus dentes, pensar em vocês e suportar tudo, por mais difíceis que as coisas fiquem.
{...}
Nos últimos dias tenho invejado as famílias que foram levadas juntas. Mas quando penso melhor, apesar de toda a minha imensa saudade e de toda a dor da separação, para mim é mais fácil saber que estão protegidos de todas as coisas más e desagradáveis. Meu úncio e ardoroso desejo é revê-los todos saudáveis.
{...} E agora, adeus mais uma vez. Gehard, ratinha Ilse, minha criança Hannele, Evinha e Dorle, minha princesinha! Deus os proteja. Os laços que os une são indissolúveis. Recebam meus bons votos de todo o coração e beijos da sua fiel.

Mamãe


{...} os filhos finalmente receberam uma confirmação oficial da morte de sua mãe pelo correio.
{...}A “normalidade” só se possível para as gerações futuras. Hoje vivem na Alemanha, na Inglaterra e em Israel 13 netos e 23 bisnetos de Lili. A filha de Ilse, Beate – que em 1978 emigrou para Israel e lá se converteu ao judaísmo – deu a sua segunda filha o nome de Sarah Lilli. Todos os bisnetos ainda são menores de idade. Alguns foram batizados protestantes, outros católicos e outros judeus. Porém, existe algo que os une: a memória do “Coração Ferido” de Lilli.

{Trecho Extraído do Livro: Meu Coração Ferido – Martin Doerry (neto de Lilli)}

Sinopse:
A história de uma médica e mãe judia na Alemanha de HitlerAntes de Hitler subir ao poder, Lilli Jahn levava uma vida burguesa típica em uma pequena cidade no interior da Alemanha. Nascida em 1900, filha de uma abastada família judia, era uma jovem talentosa e decidida. Médica de formação, conquistou seu amigo e colega protestante Ernst Jahn, e com ele se casou em 1926. Juntos, os dois construíram uma clínica e tiveram cinco filhos. Mas com a ascensão do regime nazista, a vida de Lilli e de seus filhos ruiu.Em 1942, pressionado pelos nazistas, seu marido pede o divórcio e se distancia da família. Sem a proteção conferida pelo casamento com um ariano, Lilli é presa pela Gestapo em 1943. Cerca de um ano depois morreria no campo de concentração de Auschwitz, deixando sozinhas quatro filhas com idades de três a 14 anos – seu filho mais velho Gerard, de 16 anos, servia na força aérea alemã.Na prisão, seu único elo com o mundo exterior eram as cartas que, clandestinamente, recebia e enviava aos filhos de dentro do campo. Com a morte de Gerard em 1998, a família descobre uma herança inesperada: o filho mais velho de Lilli guardara as mais de 300 correspondências, inclusive as ela escreveu quando já sabia que seu destino final seria o campo de extermínio de Auschwitz.
...
Um livro dramático, como todos que relatam esse período da História... Não é um romance... o livro é uma biografia e relatado através das correspondências entre mãe e filhos ... Mostra tbem a luta deles para poderem estar, de qualquer maneira, perto de sua mãe. Seja por meio de cartas, de fotos... Mas vale a pena ler...


Editora: Objetiva
Assunto: Biografias, Diarios, Memorias & Correspondencias
ISBN: 8573026103
Idioma: Português
Tipo de Capa: BROCHURA
Edição: 1
Número de Páginas: 378

quinta-feira, 19 de março de 2009

Água para Elefantes...


“Não falo muito sobre esses dias, nunca falei. Eu tinha medo de deixar escapar alguma coisa. Eu sabia como era importante guardar o segredo dela e de fato o guardei. – pelo resto da sua vida e depois. Em 70 anos nunca o revelei a ninguém.
{...}
Só me resta passar o tempo esperando o inevitável, observando os fantasmas do meu passado se agitarem em volta do meu presente insignificante. Eles se chocam e se esbarram à vontade, principalmente por não haver nenhuma resistência. Parei de lutar conta eles.Neste momento, eles estão se agitando ao meu redor.Sintam-se a vontade, rapazes. Fiquem mais um pouco. Ah, desculpem - vocês já estão à vontade. Malditos fantasmas."
{Trecho extraído do livro: Água para Elefantes – Sara Gruen}

Sinopse:
Jacob Jancowski tem 93 anos, vive numa casa de repouso para idosos e nunca fala de seu passado. Até o dia em que um circo chega à cidade, despertando as recordações de sua juventude. São lembranças de um mundo habitado por aberrações e palhaços, onde vigoram leis rigorosas e até mesmo irracionais. Um mundo de encanto, repleto de maravilhas e paixões, mas que também abriga muita dor e ódio. Para o jovem Jacob, esse novo universo será tanto sua salvação como causa de sofrimento. Aos 23 anos, no início do difícil período da Grande Depressão americana, Jacob perde seus pais num acidente de carro e abandona a faculdade de veterinária. Por fim ele se junta à trupe dos Irmãos Benzini. Embora vivam quase na miséria e tenham que suportar inúmeras humilhações, os trabalhadores do circo se sentem felizes por ter um emprego. É sob as tendas que ele vai se apaixonar por Marlena, a jovem estrela do número dos cavalos, e se encantar com Rosie, a elefanta que deveria ser a solução para os problemas do circo. Mas, além de não ter um número, Rosie parece incapaz de aprender qualquer coisa. O elo que liga esse trio improvável será sua única chance de sobreviver nesse mundo misterioso e cruel, onde nada é exatamente o que parece. Comovente, divertido e surpreendente, Água para elefantes é a história de um amor que supera todos os obstáculos, até mesmo o tempo.
...

Eu adorei esse livro... A maneira como ela descreve a vida nos bastidores do circo... os dramas, as alegrias, através das lembranças do personagem principal a autora nos leva a um passeio por esse mundo... e ainda com fotos antigas. Me senti totalmente transportada para o munco do circo...
Editora: Sextante
Assunto: Literatura Estrangeira-Romances
ISBN: 9788599296158
Idioma: Português
Tipo de Capa: BROCHURA
Edição: 1
Número de Páginas: 400

quarta-feira, 18 de março de 2009

Leia!!!

Por que ler é o melhor remédio...!

terça-feira, 17 de março de 2009

A Senhora das Especiarias...

"Sou uma Mestra das Especiarias.Sei lidar com as outras coisas também. Mineral, metal, terra e areia e pedra. As gemas com aquela luz clara e fria. Os líquidos cujos tons em nossos olhos até nossos olhos até nada mais enxergarmos. Aprendi tudo isso na ilha.Mas as especiarias são a minha paixão.Conheço a origem de todas, o significado de suas cores, os cheiros. Sei o nome original que cada uma recebeu quando a casca da terra se abriu, oferecendo-a ao céu. Tenho o calor delas todas correndo no meu sangue. Do “anchur” ao açafrão, elas se curvam às minhas ordens. Basta uma palavrinha e elas liberam prá mim suas propriedades ocultas, seus poderes mágicos.Sim, todas elas têm uma magia, mesmo essas mais corriqueiras que a gente põe na panela sem pensar.Está duvidando? Ah. Você esqueceu os segredos antigos que as mães de suas mães sabiam. Aí vai um deles novamente: esfregar np pulso uma fava de baunilha deixado de molho em leite ce cabra espanta mau olhado. E aí vai outro: uma medida de pimenta do reino, em forma crescente, no pé da cama livra a pessoa de pesadelos.
Mas as realmente poderosas vêm da mina terra natal, terra de poesia ardente, plumas cor de água-marinha. Poentes vermelho sangue.
É com essas que trabalho.
Se você colocar no meio dessa sala e for se virando aos poucos, vai ver todas as especiarias indianas já existentes – inclusive as extintas – reunidas nessas prateleiras aqui na minha loja.Acho que não é exagero meu dizer que no mundo não existe nenhum lugar como esse."

{Trecho do livro: A Senhora das Especiarias – Chitra B. Divakaruni}

Sinopse:
Amor e magia num romance saboroso Açafrão, pimenta do reino, fava de baunilha, curcuma. Tilo, a narradora de A SENHORA DAS ESPECIARIAS, de Chitra Divakaruni, conhece as propriedades mágicas de cada erva. Para cada cliente que entra em sua loja, em Oakland, ela tem uma receita singular. Tilo consegue ver o que mora no coração das pessoas - seus desejos e esperanças.Tilo nasceu na ÿndia e, após um longo ritual, passa a dominar os segredos do bom uso das especiarias. Ela poderá alcançar a imortalidade se, entre outras condições, jamais sucumbir a desejos carnais. Uma mestra precisa esquecer as próprias paixões. Mesmo tendo assumido a forma humana de uma velha, Tilo se surpreende quando o belo Raven entra um dia em seu bazar. Apaixonada, descobre subitamente sua fragilidade.Com seu texto poético, Chitra Divakaruni impregna de doce magia o cotidiano de uma cidade moderna. Com rara sensibilidade, traça um perfil da comunidade de imigrantes indianos, divididos entre seus valores tradicionais e o sonho americano. Divakaruni vem se destacando rapidamente no cenário da literatura mundial. A SENHORA DAS ESPECIARIAS, vendido para dez países, obteve grande sucesso nos Estados Unidos.

...

Através das suas habilidades ela tenta "curar" as pessoas que procuram por suas especiarias... Eu adoro ler livros em que se tenha essas descrições culinárias... É também um livro que fala sobre escolhas... ou ela preserva o seu dom ou segue o seu coração... É uma autora que eu tenho gostado bastante... os personagens sao mto bem descritos... Vale a pena!

Editora: Objetiva
Assunto: Literatura Estrangeira-Romances
ISBN: 8573021438
Idioma: Português
Tipo de Capa: BROCHURA
Edição: 12
Número de Páginas: 350

segunda-feira, 16 de março de 2009

O Guardião de Memórias...


"{...}
Ele nunca havia compreendido a tristeza da mãe, embora mais tarde houvesse passado a carregá-la consigo, para onde quer que fosse.
Agora toda aquela tristeza havia desaparecido: aquela vida tinha terminado, desaparecera também.
Paul dirigui depressa, vendo os resquícios do outono em toda a parte. As cerejas já começavam a mudar de cor, nuvens de um vermelho brilhante contra as montanhas. O pólen fez seus olhos comicharem e Paul deu vários espirros, mas continuou com as janelas abertas. Sua mãe teria deixado o ar refrigerado ligado, o carro mais frio que vitrine de florista. Seu pai teria aberto sua maleta e procurado um anti-histamínico. Phoebe, ereta no assento ao seu lado, tirou um lenço de papel de um pacotinho, em sua enorme bolsa de plástico preta, e o ofereceu ao irmão. As veias azul claras desenhavam-se logo abaixo da superfície de sua pele. Paul pôde ver a pulsação em seu pescoço, calma, regular.
Sua irmã. Sua irmã gêmea. E se ela não tivesse nascido com Síndrome de Down? Ou, então, se tivesse nascido do jeito que era, e seu pai não houvesse erguido os olhos para Caroline Gill, enquanto a neve caía no mundo do lado de fora e o colega dele atolava numa vala? Paul imaginou os pais, muito jovens e muito felizes, aninhando os dois no carro e dirigindo devagar pelas ruas molhadas de Lexington, no degelo de março que se seguira ao seu nascimento. A ensolarada sala de recreação contígua a seu quarto teria sido o quarto de Phoebe. Ela o teria perseguido escada abaixo, passado pela cozinha e entrado no jardim silvestre, com o rosto sempre junto dele, o riso de um ecoando no outro. Quem teria sido Paul nesse caso?
Mas sua mãe tinha razão: ele nunca poderia saber o que teria acontecido. Tudo o que dispunham eram de fatos. {...}"

{Trecho Extraído do Livro: O Guardião de Memórias - Kim Edwards}

Sinopse: Casados há poucos anos, Norah e David esperavam felizes a chegada de seu primeiro filho. Mas essa alegria duraria pouco: o destino havia preparado uma surpresa que mudaria para sempre a trajetória dos dois.O que deveria ser uma boa notícia transforma-se num terrível pesadelo. Norah dá à luz duas crianças: Paul, um menino saudável, e Phoebe, portadora da síndrome de Down. Imediatamente, David lembra-se da complicada infância ao lado de uma irmã com a mesma doença. Desejando ardentemente poupar a esposa e a si mesmo desse sofrimento, ele decide expulsar a filha de suas vidas.Mas o preço dessa decisão acaba sendo alto demais – e não há chance de voltar atrás. Pouco a pouco, a culpa corrói o núcleo da família, e durante os 25 anos seguintes cada um vai lentamente se fechando em torno de suas próprias angústias.Atormentado pelo arrependimento, David fica obcecado por fotografar imagens de crianças, tentando compensar a saudade da filha. Norah, cada vez mais afastada da vida do marido, entrega-se ao álcool e a pequenas infidelidades, buscando em vão distrair-se da avassaladora dor da perda.Enquanto isso, Paul sente na pele a rejeição dos pais, que parecem mais envolvidos na suposta morte da irmã do que na sua vida. Em outra cidade, porém, Phoebe cresce feliz e cercada de cuidados pela mãe adotiva, que luta para dar à menina uma vida digna e livre de preconceitos.Com a rara habilidade de unir emoção e suspense, Kim Edwards explora as sutilezas das relações humanas e os dilemas de uma família que tenta seguir adiante, apesar de despedaçada. Ao mesmo tempo comovente e perturbador, O guardião de memórias é um livro inesquecível.
...
Em alguns momentos a melancolia dos personagens é tão forte que cheguei a me sentir como eles... Mostra também o poder das escolhas que as vezes precisamos fazer... nem sempre certas, e as consequências que temos que passar por conta disso...
É um bom livro, mesmo quando em alguns momentos a leitura se torna dificil por conta de tantos sentimentos conflitantes...

Editora: Sextante Editora
Assunto:
ISBN: 9788599296141
Idioma: Português
Tipo de Capa: BROCHURA
Edição: 1
Número de Páginas: 368

quinta-feira, 12 de março de 2009

A Menina que Roubava Livros...

"(...)
Ela deixou cair o livro.
Ajoelhou-se.
A roubadora de livros uivou.

Seu livro foi pisoteado várias vezes quando começaram a limpeza e, embora tivesse havido ordens de que se limpasse apenas a confusão de concreto, o objeto mais precioso da menina foi jogado num caminhão de lixo, e foi nesse ponto que me senti obrigada. Subi na caçamba e o peguei com minha mão, sem me dar conta de que o guardaria e o olharia milhares de vezes, ao longo dos anos. Observaria os lugares em que nos cruzássemos e me deslumbraria com o que a menina viu e a maneira como sobreviveu. Isso é o melhor que posso fazer — ver aquilo se encaixar em tudo o mais de que fui espectadora naqueles tempos.

Quando me lembro dela, vejo uma longa lista de cores, mas são as três em que a vi em carne e osso que têm mais ressonância. Vez ou outra, consigo flutuar muito acima daqueles três momentos. Fico suspensa, até que uma verdade séptica sangra para a claridade. É aí que as vejo numa fórmula..

a s c o r e s .

vermelho: branco: preto:

Elas caem umas sobre as outras. A assinatura rabiscada em preto sobre o branco global ofuscante, em cima do vermelho espesso de sopa. Sim, lembro-me dela com freqüência e, num de meu vasto sortimento de bolsos, guardei sua história para contar. É uma dentre a pequena legião que carrego, cada qual extraordinária por si só. Cada qual uma tentativa — uma tentativa que é um salto gigantesco — de me provar que você e a sua existência humana valem a pena.

Aqui está ela. Uma dentre um punhado. A menina que roubava livros.

Se quiser, venha comigo.
Vou lhe contar uma história.
Vou lhe mostrar uma coisa."

~ Trecho Extraído do Livro: A Menina que Roubava Livros - Markus Zusak ~

Sinopse: Entre 1939 e 1943, Liesel Meminger encontrou a Morte três vezes. E saiu suficientemente viva das três ocasiões para que a própria, de tão impressionada, decidisse nos contar sua história, em 'A menina que roubava livros'. Desde o início da vida de Liesel na rua Himmel, numa área pobre de Molching, cidade desenxabida próxima a Munique, ela precisou achar formas de se convencer do sentido de sua existência. Horas depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona-de-casa rabugenta. Ao entrar na nova casa, trazia escondido na mala um livro, 'O manual do coveiro'. Num momento de distração, o rapaz que enterrara seu irmão o deixara cair na neve. Foi o primeiro dos vários livros que Liesel roubaria ao longo dos quatro anos seguintes. E foram esses livros que nortearam a vida de Liesel naquele tempo, quando a Alemanha era transformada diariamente pela guerra, dando trabalho dobrado à Morte. O gosto de roubá-los deu à menina uma alcunha e uma ocupação; a sede de conhecimento deu-lhe um propósito. E as palavras que Liesel encontrou em suas páginas e destacou delas seriam mais tarde aplicadas ao contexto da sua própria vida, sempre com a assistência de Hans, acordeonista amador e amável, e Max Vanderburg, o judeu do porão, o amigo quase invisível de quem ela prometera jamais falar. Há outros personagens fundamentais na história de Liesel, como Rudy Steiner, seu melhor amigo e o namorado que ela nunca teve, ou a mulher do prefeito, sua melhor amiga que ela demorou a perceber como tal. Mas só quem está ao seu lado sempre e testemunha a dor e a poesia da época em que Liesel Meminger teve sua vida salva diariamente pelas palavras, é à nossa narradora. Um dia, todos irão conhecê-la. Mas ter a sua história contada por ela é para poucos. Tem que valer a pena.

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"Quando a morte conta uma história, é melhor parar para ler"
 
Esse livro é certamente um daqueles em que irei me  perguntar se algum dia voltarei a ler algo tão lindo. Me tocou de uma maneira que não sei explicar... Como não se apaixonar por Liesel e seu melhor amigo Rudy?? Como não se envolver na vida de Max, o judeu do porão?? Ou então se encantar com o carinho e paciência de seu pai adotivo? Até mesmo sua mãe adotiva tão severa, mas qdo foi avisar que ma tinha acordado mostou todo seu lado doce... Um livro pra ficar na memória de muitos!!!!!

Editora: Intrinseca
Assunto: Literatura Estrangeira-Romances
ISBN: 8598078174
Idioma: Português
Tipo de Capa: BROCHURA
Edição: 1
Número de Páginas: 500

quarta-feira, 11 de março de 2009

Persuasão...


“Já não consigo mais permanecer em silêncio. Tenho de lhe falar pelos meios ao meu alcance. Anne trespassa-me a alma. Sinto-me entre a agonia e a esperança. Não me diga que é muito tarde, que sentimentos tão preciosos morreram para sempre. Declaro-me novamente a si com um coração que é ainda mais seu do que quando o despedaçou há oito anos e meio. Não diga que o homem esquece mais depressa que a mulher, que o amor dele morre mais cedo. Eu não amei ninguém se não a si. Posso ter sido injusto. Posso ter sido fraco e rancoroso. Mas nunca inconstante.Vim a Bath unicamente por sua causa. Os meus pensamentos e planos são todos para si. Não reparou nisso? Não se apercebeu dos meus desejos? Se eu tivesse conseguido ler os seus sentimentos, como creio que deve ter decifrado os meus, não teria esperado estes dez dias. Mal consigo escrever. A todo momento ouço algo que me emociona. Anne baixa a voz, mas eu consigo ouvir os tons dessa voz, mesmo quando os outros não conseguem. Criatura muito boa, muito pura! Faz-nos, de fato, justiça, ao acreditar que os homens são capazes de um verdadeiro afeto e uma verdadeira constância. Creia que esta é fervorosa e firme em F. W. (Frederick Wentworth).Tenho de ir, inseguro quanto ao meu futuro; mas voltarei, ou seguirei o seu grupo, logo que possível. Uma palavra, um olhar será o suficiente para decidir se irei a casa do seu pai esta noite, ou nunca."

~ Trecho Extraído do Livro: Persuasão - Jane Austen ~

Sinopse: O enredo deste empolgante livro gira em torno dos amores de Anne Elliot que se apaixonara pelo pobre, mas ambicioso jovem oficial da marinha, capitão Frederick Wentworth. A família de Anne não concorda com essa relação e a convence romper seu relacionamento amoroso. Anos após Anne reencontra Frederick, agora cortejando sua amiga e vizinha, Louisa Musgrove. "Persuasão" é amplamente apreciada, pois tem uma simpática história de amor, de trama simples e bem elaborada, e mostra o estilo de narrativa irônica de Jane Austen. Além disto, é original, pelo fato, entre outros motivos, de ser uma das poucas histórias da escritora que não apresenta a heroína em plena juventude. O romance também é um apanágio ao homem de iniciativa, através do personagem do capitão Frederick Wentworth que parte de uma origem humilde e que alcança influência e status pela força de seus méritos e não através de herança.
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Palavra-Chave: Apaixonante!!! (O primeiro livro dado pelo meu namorado...rs)

Editora: Landmark (edição bilíngue)
Assunto: Literatura Estrangeira-Romances
ISBN: 9788588781337
Idioma: Português
Tipo de Capa: BROCHURA
Edição: 1
Número de Páginas: 205

Sobre Livros...


"Há aqueles que não podem imaginar um mundo sem pássaros; há aqueles que não podem imaginar um mundo sem água; ao que me refere, sou incapaz de imaginar um mundo sem livros.”

~ Jorge Luis Borges ~
P.S.: Me pareceu uma bela frase para começar o blog... :)