segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Sobre Livros...


"Eles nos cercam como amigos que não desistem de nós. Estão em nossas bolsas, malas, mãos, pés, estantes de nossa casa, estantes de nossa livraria predileta, cama, às vezes perdidos. Aonde mais poderiam estar? Cada livro tem uma chave para a fechadura da porta do leitor. Uns abrem, outros não. Estão no mundo de todas as formas: impressos, eletrônicos, etc. E resistem ao tempo, às novas tecnologias, às crises. Os teus, os meus, os nossos, os vossos livros."

{Do blog: Lector in Fabula}
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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O Jogo do Anjo...

"- A inveja é a religião dos medíocres. Ela os reconforta, responde às angústias que os devoram por dentro. Em última análise, apodrece suas almas, permitindo que justifiquem sua própria mesquinhez e cobiça, até o ponto de pensarem que são virtudes e que as porta do céu se abrirão para os infelizes como eles, que passam pela vida sem deixar outro rastro senão suas toscas tentativas de depreciar os demais, de excluir e, se possível, destruir quem, pelo mero fato de existir, coloca em evidência sua pobreza de espírito, de mente e de valores. Bem-aventurado aquele para quem os cretinos ladram, pois sua alma nunca lhes pertencerá."


Pedro Vidal, personagem de Carlos Ruiz Zafón
in O Jogo do Anjo.


{p. 18 e 19}
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sábado, 22 de agosto de 2009

O Jogo do Anjo...

Próxima Leitura:

"Um escritor nunca esquece a primeira vez em que aceita algumas moedas ou um elogio em troca de uma história. Nunca esquece a primeira vez em que sente o doce veneno da vaidade no sangue e começa a acreditar que, se conseguir disfarçar sua falta de talento, o sonho da literatura será capaz de garantir um teto sobre sua cabeça, um prato quente no final do dia e aquilo que mais deseja: seu nome impresso num miserável pedaço de papel que certamente vai viver mais do que ele. Um escritor está condenado a recordar esse momento porque, a partir daí, ele está perdido e sua alma já tem um preço."

{O Jogo do Anjo}
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Ishq e Mushq - Amor e Cheiro...


"— Você é a minha perfeição.

Quando viu Sarna, Karam percebeu pela primeira vez o sentido da palavra “beleza”. Ele recordava esse momento como uma pontada afiada no fundo da garganta que fez com que sua respiração parasse em algum lugar do peito e a cabeça ficasse tonta. As outras pessoas presentes testemunharam esse momento e pensaram que Karam estivesse engasgando. Ele cuspira gotas de laranja do doce de ludoo que a mãe de Sarna acabara de empurrar para ele. A borrifada voara bem na direção de Sarna, como uma chuva de confetes.

Karam sempre fora suscetível à beleza, mas via esse impulso como um gosto pela ordem. Era fascinado pela precisão. Adorava a matemática e tirava proveito da própria habilidade, extraindo enorme satisfação da precisão que ela podia invocar na sua mente em meio à incerteza que o cercava. Na casa apinhada em que cresceu, em Nairóbi, Karam superava situações difíceis subindo escadas de números na sua cabeça. À noite, em seu quarto coletivo, quando os murmúrios e os roncos dos irmãos o perturbavam, ele se recolhia ao ábaco que era a sua mente e caía no sono ao som da cantiga dos tiquetaques dos números. Quando Baoji, seu pai, apanhava a vassoura para puni-lo por algum erro, Karam começava a contar. Cada golpe na perna Karam transformava em uma conta, e construía uma equação contra a dor, de modo que, com a primeira pancada, ele pensava: “1/2 =”, e quando a segunda pancada vinha, ele usava a resposta para formular outro cálculo: “0,5 x 94 =”. No terceiro golpe, ele continuava figurando — “47²” —, e assim a conta prosseguia — “2.209 x 1.010 =” —, os números iam se multiplicando na proporção da dor e ao mesmo tempo a bloqueavam — “2.231.090 x 100 =” —, os zeros se acumulando em sua cabeça de modo a nunca saltarem num “Ai!” da sua boca.

Desse amor pelos números, se seguiu que, para Karam, o prazer estético estava na regularidade, numa tarefa bem-feita. Na chegada ou na partida de alguém exatamente na hora combinada. Na eficiência elegante do salai, longo e metálico como uma agulha de tricô, prendendo qualquer cabelo rebelde sob um turbante. Quando, pela visão de Sarna, ele sentiu o mesmo prazer intensificado, Karam entendeu que era o seu sentido de beleza que o comovia. Em Sarna, ele descobriu seu lado mais sensual. Olhou à sua volta e viu com novos olhos a curva dos galhos de uma árvore, a ventania sinuosa das nuvens, o arco na envergadura da asa de um pássaro. Viu que mesmo a menor folha de grama se inclina em direção ao sol. Ele se deu conta de que a severidade impregnara de modo não natural a sua vida: entrara em seus pensamentos, seus hábitos, até mesmo em seu sono. Ele dormira esticado e imóvel durante a maior parte da vida, o resultado inevitável de dividir uma cama com tantos irmãos. Agora, ao dormir, enroscava-se em posição fetal, ou, como uma lua nova, em forma de gancho, em volta de Sarna. Isso também era beleza.
{Trecho Extraído do Livro:Ishq e Mushq - Pryia Basil}

Sinopse: Quando Sarna Singh trocou as belas montanhas de Uganda pela Inglaterra, ela não esperava encontrar ruas decadentes e casas caindo aos pedaços. Seu marido Karam fora seduzido pela cidade de Londres. A seu companheiro pudesse visitar suas amantes inglesas. Sarna também tem um segredo, e está disposta a esconde-lo a qualquer custo ; ela seduz seu professor de inglês com seus dotes culinários para conseguir um sotaque perfeito. Com dois filhos para educar, o dinheiro é pouco, e logo ela faz visitas periódicas ao supermercado para furtar mantimentos.

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Opinião: O Livro começa na guerra de independência da Índia e conta a história de uma mulher que se casa e junto com seu marido buscam um vida melhor. Os dois guardam segredos que preferem não partilhar... A história é romântica mostra que as vezes erramos por amor e tentamos nos redimir... E mostra que sempre existem novos caminhos que podemos escolher...

Editora: Nova Fronteira
Assunto: Literatura Estrangeira-Romances
ISBN: 9788520920824
Idioma: Português
Tipo de Capa: BROCHURA
Edição: 1
Número de Páginas: 461

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Ishq e Mushq - Amor e Cheiro

"Dizer a verdade, embora demande muito resforço, não é o bastante para mudar as coisas. A mudança só se realiza pela prática da verdade."

{p. 380}
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terça-feira, 18 de agosto de 2009

Orgulho e Preconceito...

Adoro esse livro, adoro esse filme!

:)

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sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Ishq e Mushq - Amor e Cheiro


"{...} símbolos deveriam ser descartáveis, pois, seja o que for que esteja por trás dele; idéias, crenças, sentimentos; isso é o que deve ser capaz de resistir."

{p.273}

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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A Sombra do Vento...

"Muitas vezes o que conta não é o que se dá, mas o que se cede.

Há poucas razões para se dizer a verdade, mas para mentir o número é infinito.

O destino costuma estar na curva de uma esquina. Como se fosse uma lingüiça, uma puta ou um vendedor de loteria: as três encarnações mais comuns. Mas uma coisa que ele não faz é visitas em domicílio. É preciso ir atrás dele."

{Carlos Ruiz Zafón}

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segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Ishq e Mushq - Amor e Cheiro

"Qualquer situação com a qual nos acostumamos pode muito rapidamente se transformar em hábito."

{p. 100}
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sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Ishq e Mushq - Amor e Cheiro


"Há respostas vindo de todo o lado, todo lado.
Mas o caminho para encontrar a resposta certa está deste lado, deste lado...
E ele apontava para o coração da pessoa com quem estivesse falando."

{p. 53}
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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Sob o Sol da Índia...

“Juntas as duas olharam para um delicado colar de luzes que surgia adiante no mar escuro e encrespado. Uma cidade estrangeira onde pessoas estrangeiras estavam escovando os dentes, lavando a louça do jantar e pensando em ir para cama.
{...}


“‘Eu também mal conheço a mulher com quem estou me casando’. Era assim que ele se sentia voltando para casa aos prantos, sozinho no riquixá, e também durante toda a noite que se seguiu, que passou em claro, suando frio em sua cama. Ele esperava que no dia seguinte não se sentisse daquele jeito.”
{...}

“No banheiro, ela encheu a bacia e espirrou água no rosto com raiva. Era estranho – pensou ela, prendendo o cabelo para trás e passando duas pitadas de creme de limpeza no rosto – não ter falado a Tor sobre como estava se sentindo nervosa. Parecia um gesto de deslealdade, mas ela não sabia dizer se estava sendo desleal com Jack ou com sua melhor amiga, tal era o estado de confusão em que se encontravam seus pensamentos.”
{...}

“A festa das Mil e Uma Noites já estava animadíssima quando Tor subiu ao convés naquela noite. O céu flamejava com cores de coral e de um vinho bem claro, e os rostos dos convidados estavam banhados pela luz. A tripulação havia passado o dia correndo para lá e para cá, forrando as mesas com toalhas cor-de-rosa e fazendo pilhas de figos, mangas e asiminas, além de frutas cristalizadas e docinhos turcos de gelatina. Havia luzes coloridas penduradas ao longo da murada do convés e o que costumava ser a parte do convés para a prática de esportes tinha sido magicamente transformado na tenda de um sultão. Havia um engolidor de fogo dentro da tenda e uma aglomeração de pessoas que falavam alto e usavam máscaras, sandálias turcas, sáris e vestidos esvoaçantes. O coronel Kettering, numa túnica longa, balançava ao som de uma orquestra de músicos egípcios. Tor respirou fundo. ‘Ombros para trás. Cabeça erguida. Sorria. Caminhe.’ Seu destino era o outro lado do convés carmim, onde ela localizou seu grupo bebendo e rindo.”

Para saber mais, leia aqui!
Sinopse: Em 1928, três jovens inglesas partem no navio Kaiser-i-Hindi para Bombaim, na Índia. Cada uma carrega, no íntimo, a crença de que aquela jornada será o ponto de partida para algo novo, que determinará o restante de suas vidas. Unidas pelo destino, elas verão suas companheiras se tornarem definitivamente mulheres, cada qual a seu modo, mas de maneira irreversível.Viva Holloway é uma jovem aspirante a escritora que decide voltar à Índia, onde foi criada, para reencontrar seu passado. Para atingir seu objetivo, se emprega como dama de companhia da inexperiente Rose, que está a caminho da então colônia para se casar com um oficial britânico que mal conhece. Junto com elas vão Guy Glover, um garoto agressivo e arredio, e Victoria, amiga de infância de Rose que será dama de honra em seu casamento. Tor, como Victoria se apresenta, busca na viagem a libertação das imposições morais da sociedade inglesa. Julia Gregson escreveu um fascinante romance de formação, em que reaviva os costumes dessas duas culturas no início do século XX, descrevendo com brilho a sociedade britânica do entre guerras e toda a riqueza cultural da Índia na época de sua independência. Nesse mundo em transformação, conhecemos a construção da personalidade de três mulheres em meio a um período em que a identidade de um povo se afirmava. Como no célebre livro de Gertrude Stein, Três vidas, são três mulheres diferentes que têm em comum o desconforto com todos os ditames, as exigências e os limites decorrentes de terem nascido mulheres em sua época e classe social. Mas as personagens de Gregson vão além da sujeição à sua época. Viva, Rose e Tor encontram uma maneira própria de conquistar sua liberdade, sob o sol da Índia.
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Opinião: O livro aborda a trajetória de três jovens inglesas que viajam para a Índia, cada uma com sua história.... uma vai de encontro a seu noivo e sua nova vida, a outra, sua amiga, vai acompanhá-la e quem sabe tbem arranjar um belo casamento... Mas a história da terceira personagem, Viva que me chamou mais atenção, ela retorna a Índia, onde morou na infância na esperança de resgatar seu passado... Eu adorei esse livro...

Assunto: Literatura Estrangeira-Romances
ISBN: 9788522008513
Idioma: Português
Edição: 1
Número de Páginas: 574

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Ishq e Mushq - Amor e Cheiro

Próxima Leitura:

'Existem apenas duas coisas que não podemos esconder:
Ishq e mushq. Amor e cheiro'.






"Quando Sarna Singh trocou Uganda pela Inglaterra, ela não esperava encontrar ruas decadentes. Seu marido fora seduzido pela cidade de Londres. A mulher, entretanto, está convencida de que eles se mudaram para que seu companheiro pudesse visitar suas amantes inglesas. Sarna também está atormentada por um erro que cometera quando jovem, ainda na Índia. Para afastar as memórias indesejadas, ela cozinha sem parar, adoçando seus pensamentos com açúcar ou sufocando-os com o tempero mais forte que possui. Quando ela recebe uma inesperada carta, seu equilíbrio cai por terra. A carta traz um ultimato que ela não pode ignorar. Priya Basil explora com paixão as complexidades da vaidade e do amor. Seu envolvente retrato das adversidades da família Singh contém verdades universais sobre cada um de nós.

“Priya Basil é uma das mais talentosas escritoras de língua inglesa que já surgiram nos últimos tempos. É bom prestar atenção nesse nome.” — The Guardian
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