quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Prazeres Incomparáveis...


A Outra Rainha...

Lendo:

“Uma rainha nunca se queixa que foi maltratada. Uma rainha nega que tal coisa possa acontecer. Não posso ser roubada de mim mesma, não posso perder a minha divindade. Posso ser insultada, mas sempre o negarei. Esteja sentada no trono ou vestida em trapos, continuarei a ser rainha. Não sou uma plebéia que deseja o direito de usar veludo, mas passa a vida usando tecido caseiro. Estou acima de todos os homens e mulheres comuns. Fui ordenada, escolhida por Deus. Como podem ser tão obtusos e não verem isso? Eu poderia ser a pior mulher do mundo, e ainda sim seria uma rainha.”

Mary Stuart, personagem de Philippa Gregory
in A Outra Rainha

terça-feira, 16 de agosto de 2011

A Princesa Leal...

Um DESTINO
já estava TRAÇADO tornar-se
RAINHA da Inglaterra.




1509
Então esperei. Esperei inacreditavelmente, por um total de seis anos. Seis anos quando fui uma noiva de 17 anos e uma mulher de 23. Soube então que a raiva do rei Henrique Tudor era cortante, eficaz e duradoura. Nenhuma princesa no mundo esperou tanto tempo ou foi tratada tão rudemente ou deixada em total desespero. Não estou exagerando, como faria um trovador para tornar a história mais atraente – como lhe disse, meu amado, nas horas escuras da noite. Não foi como uma história, nem mesmo como uma vida. Foi uma sentença de prisão, foi como ser um refém sem nenhuma chance de redenção, foi solidão, e a vagarosa percepção de que tinha fracassado.
{...}
Perdi o orgulho do meu poder de atração, perdi a confiança em minha inteligência e aptidões, mas nunca perdi a vontade de viver. Não era como a minha mãe, não era como Joana, não virava para a parede e ansiava por meu sofrimento passar. Não me entreguei ao penar plangente da loucura, nem a escuridão delicada da indolência. Trinquei os dentes, sou a princesa leal, não paro quando todos param. Prossegui. Esperei. Mesmo quando não podia fazer nada, eu podia esperar. Então, esperei.

Esses não foram os anos da minha derrota; foram os anos em que cresci, e foi um amadurecer penoso. De uma garota de 16 anos pronta para o amor, passei a uma viúva solitária, órfã de mãe, de 23 anos. Foram os anos em que recorri à felicidade de minha infância no Alhambra e ao meu amor por meu marido para me sustentarem, e em que, independentemente dos obstáculos no meu caminho, seria a rainha da Inglaterra. Foram os anos em que minha mãe reviveu por mim. Descobri a sua determinação dentro de mim, a sua coragem dentro de mim. Foram os anos em que, apesar de nada ter-me restado – sem marido, sem mãe, sem amigos, sem fortuna e sem perspectiva – jurei que, por mais desrespeitada, por mais improvável que fosse a perspectiva, ainda seria a rainha da Inglaterra.

{Trecho do Livro: A Princesa Leal – Philippa Gregory}

Sinopse: No imaginário popular, Catarina de Aragão é vista como a rainha desprezada por Henrique VIII, a nobre trocada por Ana Bolena, plebéia da corte dos Tudor. Philippa Gregory, autora de "A Irmã de Ana Bolena", recria a infância e a juventude da infanta de Espanha. Criada no palácio de Alhambra, em Granada, Catarina fora prometida aos três anos de idade a Artur, príncipe de Gales. No entanto, a morte prematura do jovem após o casamento, fez com que Catarina se unisse a Henrique VIII, irmão mais novo de Artur. A partir de um dos episódios mais singulares da história inglesa, Phillipa Gregory nos oferece uma romance delicioso.

Opinião: Adoreiii...! Se antes achava Catarina de Aragão uma mulher frágil e que vivia a margem do Rei Henrique VIII, a autora nos presenteia com uma mulher forte e que fará de tudo com uma determinação ímpar para alcançar o destino traçado por seus pais e pela promessa feita ao marido em seu leito de morte: se tornar a Rainha da Inglaterra!


I.S.B.N.: 8501077429
Literatura: Romace
Edição : 01 / 2007
Idioma : Português
País de Origem: Brasil
Número de Paginas : 448
Inicio: 07/08/2011
Término: 15/08/2011

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A Princesa Leal



“Sinto saudades de casa; mas não abandonarei meu posto. Não sou um soldado que se esquece de seu dever, sou uma sentinela desperta a noite inteira. Não vou decepcionar o meu amor. Eu disse “prometo”, e não vou me esquecer. Serei leal a ele. No jardim que a vida é imortal, Al-Yanna, é lá que Artur vai esperar por mim. Serei a rainha da Inglaterra como nasci para ser, como lhe prometi que seria. A rosa germinará na Inglaterra assim como no paraíso.”

{Página: 213}



Catarina de Aragão, personagem de Philippa Gregory
in A Princesa Leal.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A Jóia de Medina...

Minha nova aquisição...rs

"Venha comigo pra uma viagem a outro tempo e lugar. Um mundo exótico, severo, repleto de açafrão e lutas de espadas. De nômades que vivem no deserto, em cabanas feitas com couro de camelo. De caravanas carregadas de tapetes persas e olíbano. Um mundo de túnicas coloridas e esvoaçantes, olhos escurecidos com khol e braços perfumados com hena."

{página: 7}

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A Princesa Leal

Lendo:


"Desde que tinha 3 anos de idade fui prometida em casamento ao príncipe Arthur, filho do rei Henrique da Inglaterra, e quando completar 15 anos vaiajarei para esse país em um belo navio com a minha bandeira adejando no topo do mastro, e serei sua mulher, depois sua rainha. O país dele é rico e fértil - repleto de fontes e do som da água jorrando, cheio de frutas e perfumados com flores; e será o meu país, vou cuidar dele. Tudo isso foi combinado quase desde o meu nascimento, eu sempre soube o que seria; e apesar de lamentar deixar minha mãe e minha casa, nasci princesa, destinada a ser rainha, e sei o meu dever.

Sou uma criança de convicções absolutas. Sei que serei rainha da Inglaterra porque é a vontade de Deus, e é o que minha mãe ordena. E acredito, assim como acreditam todos em meu mundo, que Deus e minha mãe, são em geral, a mesma mente; e a sua vontade é sempre cumprida."

{Página: 12}

Catarina de Aragão, personagem de Philippa Gregory
in
A Princesa Leal

domingo, 7 de agosto de 2011

A Irmã de Ana Bolena...


Outono de 1526
Retornamos a Londres, Greenwich, um dos palácios mais queridos do rei, e ainda sim seu humor não melhorou. Ele passava grande parte do tempo com clérigos e conselheiros. Alguns achavam que estava preparando um novo livro, outro estudo de teologia. Mas eu, que tinha que ficar com ele na maioria das noites, enquanto escrevia e lia, sabia que estava lutando com as palavras da Bíblia, lutando para saber se era a vontade de Deus um homem casar-se com esposa de seu irmão - portanto gostar dela - ou se era a vontade de Deus um homem rejeitar a viúva de seu irmão - pois olhar para ela com desejo era envergonhar o seu irmão. Deus, nessa situação, era ambiguo. Diferentes passagens da Bíblia diziam coisas diferentes. Seria necessário um colégio inteiro de teólogos para decidir qual teria a precedência.
Para mim, parecia óbvio que um homem pudesse desposar a viúva de seu irmão, de modo que os filhos de seu irmão pudessem ser criados em um lar divino e uma boa mulher bem cuidada. Graças a Deus não me arrisquei a dar essa opinião nos concílios noturnos de Henrique. Havia homens discutindo em grego e latim, voltando a textos originais, consultando os pais da Igreja. A última coisa que queriam era o bom senso de uma jovem extraordinariamente comum.
Eu não era útil para ele. Não podia ser útil para ele. Era Ana que tinha o cérebro de que ele precisava, só Ana tinha a capacidade de transformar um emaranhado teológico em piada e fazê-lo rir, mesmo quando ele quebrava a cabeça para decifrá-lo.
Caminhavam juntos todos as tardes, a mão dela em seu braço, suas abeças tão próximas como a de dois conspiradores. Pareciam amantes, mas quando me deixava ficar do seu lado, ouvia Ana dizer: "Sim, mas São Paulo é bem claro a esse respeito..." E Henrique replicava : "Acha que é isso que ele quer dizer? Sempre achei que se referia a outra passagem."
George e eu caminhávamos atrás deles, aias maleáveis, e eu via quando Ana apertava o braço de Henrique para esclarecer um ponto ou sacudia a cabeça discordando."
{Trecho do Livro: A Irmã de Ana Bolena - Philippa Gregory}

Sinopse: A história de duas irmãs competindo por um grande prêmio: o amor de um rei. Rivalidades, intrigas e paixão se misturam neste envolvente romance da inglesa Philippa Gregory, "A Irmã de Ana Bolena".
Aos 14 anos a inocente Maria Bolena, sua irmã mais nova Ana e o irmão George chegam à corte. À época, as grandes famílias aristocratas habitavam os arredores do palácio real e ter uma mulher de sua prole nas proximidades do leito do soberano era garantia de ascensão social. A doçura e beleza de Maria chamam a atenção de Henrique VIII, soberano da dinastia Tudor na Inglaterra entre 1509 e 1547, lembrado no imaginário popular por sua fama de conquistador - ao longo de sua vida, foi casado com seis mulheres, além das inúmeras amantes que mantinha em sua corte.Encantada com a atenção do rei, Maria se apaixona pelo nobre e pelo papel não-oficial de rainha. Como nova amante de Henrique VIII sua aventura amorosa é amplamente incentivada pelos irmãos e o relacionamento se estende por anos, gerando dois filhos, inclusive um homem. Entretanto, toda a família Bolena está envolvida em uma intriga ainda maior: a dissolução do casamento do soberano com Catarina de Aragão.

Opinião: Empolgante!!!! Ascenção e queda da mulher que fez um rei mudar a história de seu povo.. Eu particularmente sou fã da história de Ana Bolena... E Amo a corte dos Tudor, o período em que a história foi mudada... As irmãs Bolena lutam pelo amor do Rei, mas é Ana que consegue sua atenção... Muito bem contado... eu amei esse livro
Editora: Record
Assunto: Literatura Estrangeira
ISBN:
9788501073693
Idioma: Português
Tipo de Capa: BROCHURA
Edição: 1
Número de Páginas: 626
Início: 31/07/2011
Término:
07/08/2011

sábado, 6 de agosto de 2011

Sobre Livros...


"Livro.
Uma palavra tão pequena e simples, mas com poder suficiente para moldar o mundo."

{DarkWriterBr}

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A Irmã de Ana Bolena...


"- Não, tio, lamento, mas não posso fazer isso. - Encarei seu olhar tão aguçado quanto o de um falcão, seus olhos escuros a que nada escapava. - Amo a rainha. Ela é uma grande dama e não posso traí-la. Não posso tomar o seu lugar. Não posso enxotá-la e assumir o lugar da rainha da Inglaterra. Seria subverter a ordem das coisas. Não me atreveria a fazer isso. Não posso.

Ele me deu aquele seu sorriso lupino.

- Estamos fazendo uma nova ordem - disse ele. - Um novo mundo. Fala-se do fim da autoridade do Papa, o mapa da França e da Espanha está sendo refeito. Tudo está mudando, e aqui estamos nós, bem na vanguarda da mudança.

- E se me recuso? - perguntei, com a voz fraca.

Lançou-me seu sorriso mais cínico, que deixava seus olhos frios feito carvão molhado.

- Não vai recusar - replicou simplesmente. - O mundo não mudou tanto assim, ainda. Os homens continuam a dar as ordens."

{página: 178}

Maria Bolena e Thomas Howard personagens de Philippa Gregory
in A Irmã de Ana Bolena.