Trecho do Livro:
“Faltando pouco para
eu completar meu décimo sétimo ano de vida minha mãe resolveu que eu estava
deprimida, provavelmente porque quase nunca saía de casa, passava horas na
cama, lia o mesmo livro várias vezes, raramente comia e dedicava grande parte
do meu abundante tempo livre pensando na morte.
Sempre que você lê um
folheto, uma página da Internet ou sei lá o que mais sobre câncer, a depressão
aparece na lista dos efeitos colaterais. Só que, na verdade, ela não é um
efeito colateral do câncer. É um efeito colateral de se estar morrendo. (O câncer
também é um efeito colateral de se estar morrendo. Quase tudo é, na verdade.)
Mas a mamãe achava que eu precisava de tratamento, então me levou ao meu médico
comum, o Jim, que concordou que eu, de fato, estava nadando numa depressão
paralisante e totalmente clínica e, portanto, ele ia trocar meus remédios e,
além disso, eu teria que frequentar um Grupo de Apoio uma vez por semana.
{...}
Um garoto olhava fixamente para mim. Eu tinha
quase certeza de nunca ter visto aquele cara na vida. Alto e magro, mas musculoso,
ele fazia a cadeira de plástico, daquelas usadas em sala de aula, parecer
minúscula. Cabelo acaju, liso e curto. Parecia ter a minha idade, talvez um ano
mais velho, e estava sentado com o cóccix na beirada da cadeira, uma postura
péssima, com uma das mãos enfiada até a metade no bolso da calça jeans escura.
Desviei o olhar, repentinamente consciente da quantidade infinita de coisas
erradas em mim. Eu estava com uma calça jeans velha, que algum dia foi
justa mas que agora ficava folgada nos lugares mais estranhos, e uma camiseta
de malha amarela com o nome de uma banda da qual eu nem gostava mais.
Tinha também meu
cabelo: cortado tipo Príncipe Valente, e eu nem tive a preocupação de, puxa,
dar uma escovada nele. Além disso, minhas bochechas estavam ridiculamente
redondas, como as de um esquilo, efeito colateral do tratamento. Eu era uma
pessoa de proporções normais com um balão no lugar da cabeça. Isso sem falar do
inchaço nos tornozelos. Mesmo assim, dei uma espiada rápida e os olhos dele
ainda estavam grudados em mim.”
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Sinopse: A culpa é das estrelas narra o romance de dois adolescentes que se conhecem (e se apaixonam) em um Grupo de Apoio para Crianças com Câncer: Hazel, uma jovem de dezesseis anos que sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões, e Augustus Waters, de dezessete, ex-jogador de basquete que perdeu a perna para o osteosarcoma. Como Hazel, Gus é inteligente, tem ótimo senso de humor e gosta de brincar com os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas. Inspirador, corajoso, irreverente e brutal, A culpa é das estrelas é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar.
Opinião: Confesso que relutei um pouco em ler, não por achar que seria um livro "bobinho" e clichê, mas por medo de não conseguir segurar minhas emoções... Ainda bem que criei coragem e li... Acho que a palavra certa para descrever o livro seria: Delicadeza... Impossível não se emocionar com Hazel e Gus... Acho que as últimas palavras da sinopse resume bem o que é ler esse livro: "a alegria e a tragédia que é viver e amar". Vale a pena, mas preparem os lencinhos, o choro rola fácil.
Ficha Técnica:
Título: A Culpa é das Estrelas
Autor: John Green
ISBN:
Tradução: Renata Pettengill
Lançamento: 10-07-2012
Páginas: 288
Gênero: Ficção
Preço Sugerido: R$ 29,90
Início em: 04/02/2013
Término em: 07/02/2013