domingo, 13 de junho de 2010

O Peso do Silêncio...

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Prólogo
Antonia

LOUIS E EU vemos você quase ao mesmo tempo. Na floresta, entre árvores ocas com colmeias de abelhas cujo cheiro pesado e doce sempre me fará lembrar esse dia, vejo lampejos da camisola cor-de-rosa que você usou para dormir na noite passada. Meu peito relaxa, e tremo de alívio. Mal noto suas pernas arranhadas, os joelhos sujos de lama ou a corrente em suas mãos. Eu me estico para envolvê-la em meus braços, dar um abraço apertado, encostar meu rosto em sua cabeça molhada de suor. Jamais vou querer que você fale, jamais pedirei que converse. Você está aqui. Mas passa por mim, sem me ver, para ao lado de Louis, e eu penso: Você nem me vê. É o uniforme de assistente de xerife de Louis. Boa menina! É a coisa mais esperta a fazer. Louis se agacha em sua direção, e fico presa à expressão de seu rosto. Vejo seus lábios se prepararem e sei, eu sei. Vejo a palavra se formar, as sílabas se adensando e escorrendo de sua boca sem esforço. Sua voz, nada insegura ou rouca pela falta de uso, e sim clara e firme. Uma palavra, a primeira em mais de três anos. Num instante, tenho você em meus braços e estou chorando, as lágrimas derramando muitas emoções, a maior parte gratidão e alívio, mas lágrimas de tristeza misturadas a elas. Vejo o pai de Petra desmoronar. A palavra escolhida por você não faz sentido para mim. Mas não tem problema, não me importo. Você finalmente falou.

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