sexta-feira, 31 de julho de 2009

Sob o Sol da Índia...


"Lakshmi era a deusa da prosperidade. Viva ja sabia que, naquela noite, cada porta em Byculla estaria aberta paraque ela pudesse entrar espalhar sua generosidade.E depois os fogos de artifício: rodas de Santa Catarina cuspindo fogo como se fossem respingos de gordura no ar danoite, recendendo a laranja, e depois o estouro dos rojões, tingindo os rostos das crianças de luzes azuis, amarelas e cor de rosa, efazendo com que a enorme multidão ficassese sem fôlego de puro encanto.

Duas semanas antes, quando os comerciantes começaram a amolar as pessoas pedindo doações para a festa de Diwali, tocando o sino no portão do orfanato, interrompendo as aulas pedindo dinheiro para os fogos de artifício, Viva tinha reclamado com Dayse que aquilo parecia uma péssima despesa, deixar todo aquele dinheiro se transformar em fumaça. Agora via que estava errada.

Ali estava a essência daquela festa: naquela noite, a mais escura do ano, em um dos países mais pobres da terra, a esperança estava sendo celebrada. E ela era parte disso, ali em pé, embasbacada, humilhada pela alegria imbatível deles, por sua fé em que as coisas poderia mehorar."

{página: 428 - Julia Gregson}
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