sexta-feira, 20 de março de 2009

Meu Coração Ferido...


“{...} Na primavera de 1944, esse estado de coisas chegou ao fim. A Gestapo decidiu enviar Lilli para Auschwitz. {...}Lilli enviou mas um curto relato à sua família, dessa vez em forma de carta:

A todos os meus muito queridos filhos: Esta é uma viagem longa e tediosa.
{...}
E, independentemente de quanto tempo eu demore a entrar em contato, tentem escrever primeiro – talvez eu consiga receber. Temos que esperar para ver como tudo vai ficar. Vou continuar sendo corajosa, cerrar meus dentes, pensar em vocês e suportar tudo, por mais difíceis que as coisas fiquem.
{...}
Nos últimos dias tenho invejado as famílias que foram levadas juntas. Mas quando penso melhor, apesar de toda a minha imensa saudade e de toda a dor da separação, para mim é mais fácil saber que estão protegidos de todas as coisas más e desagradáveis. Meu úncio e ardoroso desejo é revê-los todos saudáveis.
{...} E agora, adeus mais uma vez. Gehard, ratinha Ilse, minha criança Hannele, Evinha e Dorle, minha princesinha! Deus os proteja. Os laços que os une são indissolúveis. Recebam meus bons votos de todo o coração e beijos da sua fiel.

Mamãe


{...} os filhos finalmente receberam uma confirmação oficial da morte de sua mãe pelo correio.
{...}A “normalidade” só se possível para as gerações futuras. Hoje vivem na Alemanha, na Inglaterra e em Israel 13 netos e 23 bisnetos de Lili. A filha de Ilse, Beate – que em 1978 emigrou para Israel e lá se converteu ao judaísmo – deu a sua segunda filha o nome de Sarah Lilli. Todos os bisnetos ainda são menores de idade. Alguns foram batizados protestantes, outros católicos e outros judeus. Porém, existe algo que os une: a memória do “Coração Ferido” de Lilli.

{Trecho Extraído do Livro: Meu Coração Ferido – Martin Doerry (neto de Lilli)}

Sinopse:
A história de uma médica e mãe judia na Alemanha de HitlerAntes de Hitler subir ao poder, Lilli Jahn levava uma vida burguesa típica em uma pequena cidade no interior da Alemanha. Nascida em 1900, filha de uma abastada família judia, era uma jovem talentosa e decidida. Médica de formação, conquistou seu amigo e colega protestante Ernst Jahn, e com ele se casou em 1926. Juntos, os dois construíram uma clínica e tiveram cinco filhos. Mas com a ascensão do regime nazista, a vida de Lilli e de seus filhos ruiu.Em 1942, pressionado pelos nazistas, seu marido pede o divórcio e se distancia da família. Sem a proteção conferida pelo casamento com um ariano, Lilli é presa pela Gestapo em 1943. Cerca de um ano depois morreria no campo de concentração de Auschwitz, deixando sozinhas quatro filhas com idades de três a 14 anos – seu filho mais velho Gerard, de 16 anos, servia na força aérea alemã.Na prisão, seu único elo com o mundo exterior eram as cartas que, clandestinamente, recebia e enviava aos filhos de dentro do campo. Com a morte de Gerard em 1998, a família descobre uma herança inesperada: o filho mais velho de Lilli guardara as mais de 300 correspondências, inclusive as ela escreveu quando já sabia que seu destino final seria o campo de extermínio de Auschwitz.
...
Um livro dramático, como todos que relatam esse período da História... Não é um romance... o livro é uma biografia e relatado através das correspondências entre mãe e filhos ... Mostra tbem a luta deles para poderem estar, de qualquer maneira, perto de sua mãe. Seja por meio de cartas, de fotos... Mas vale a pena ler...


Editora: Objetiva
Assunto: Biografias, Diarios, Memorias & Correspondencias
ISBN: 8573026103
Idioma: Português
Tipo de Capa: BROCHURA
Edição: 1
Número de Páginas: 378

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