quarta-feira, 6 de maio de 2009

O Azul da Virgem...

“Ela se chamava Isabelle e, quando menina, seus cabelos mudaram de cor com a mesma rapidez que um pássaro troca a plumagem para atrair o companheiro.Naquele verão, o Duque de l’Aigle trouxe de Paris uma estátua da Virgem com Menino e um pote de tinta para pintar o nicho em cima da porta da igreja. Isabelle sentou-se no alto de uma escada para ver Jean Tournier pintar o nicho de azul intenso, a mesma cor do límpido céu vespertino. Quando terminou, o sol surgiu por trás de uma parede de nuvens e iluminou o azul com tal intensidade que Isabelle pôs as mãos na nuca e apertou os braços contra o peito. Os raios chegaram até ela e tocaram seus cabelos com uma aura de cobre que permaneceu neles mesmo depois de o sol ter ido embora. A partir desse dia, ela passou a ser chamada de “La Rousse” (Ruiva), por causa da Virgem Maria.”

{Trecho do livro: O Azul da Virgem – Tracy Chevalier}
Sinopse: "O Azul da Virgem" é o aclamado livro de estréia de Tracy Chevalier, que posteriormente publicou o sucesso internacional "Moça com Brinco de Pérola". Ao narrar a história de duas mulheres que viveram a séculos de distância e a herança ancestral que as une, Chevalier, assim como em seu livro mais famoso, combina história, arte e imaginação de forma única.Naquele dia, os cabelos de Isabelle mudaram de cor com a mesma rapidez que um pássaro troca a plumagem para atrair a companheira. Após receber uma estátua da Virgem, o nicho sobre a porta da Igreja em que será colocada a imagem é pintado de um azul tão intenso quanto o céu da tarde. Os raios solares iluminam o azul com veemência, tocando os cabelos da jovem Isabelle e tingindo-os de um cobre que permaneceria mesmo depois de o sol ter ido embora. A partir de então, a menina passa a ser conhecida por La Rousse (A Ruiva) e precisa esconder as longas mechas vermelhas sob uma touca - envergonhada por aquele traço que aponta uma inusitada ligação com a Virgem Maria e a faz ser considerada suja, contaminada, uma feiticeira.Quase cinco séculos depois, Ella Turner, uma mulher independente de 28 anos, sai dos Estados Unidos e vai morar na França com o marido Rick. Lá começa a ter aulas de francês, perde o otimismo, tenta engravidar e procura desesperadamente uma solução para não continuar a se sentir uma estranha no novo país. Começa então a ser acometida por pesadelos inexplicáveis, repletos de versos franceses dos quais desconhece a origem, tingidos de um azul vívido, ao mesmo tempo claro e escuro. Ella então recebe uma carta de Jacob Tournier, seu primo da Suíça, revelando um pouco sobre os antepassados franceses que haviam imigrado para os Estados Unidos no século XIX.Decidida a aprofundar os conhecimentos sobre a própria família, Ella passa a pesquisar livros e documentos antigos. Com a ajuda do bibliotecário Jean Paul, fará muitas descobertas: ela pertence à família dos Tournier dos tempos de Calvino, e as frases que ouve em seus sonhos são do texto bíblico que os seus antepassados huguenotes costumavam recitar quando algo ruim acontecia.
... O livro é contado a partir da visão de duas personagens, uma que vivia no seculo XVI e nos leva há um tempo em que o calvinismo começou a dominar, perseguindo que não apoiava a doutrina. A outra personagem é uma americana que vive nos tempos atuais nos tempos atuais. Quando seu marido é transferido para a Europa a vida dessas duas mulheres se cruzam e nos levam a uma história deliciosamente bem escrita! A autora é uma das minhas favoritas...
Editora: Bertrand Brasil
Assunto: Literatura Estrangeira-Romances
ISBN: 9788528612783
Idioma: Português
Edição: 1
Número de Páginas: 352

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