segunda-feira, 6 de abril de 2009

Mulheres de Cabul

“Fomos esquecidas e precisamos ter o direito de falar. Se ninguém escutar o que dissermos, nada mudará...”


Yelda, 9 anos:

"A caminho da escola, escondíamos nossos livros dentro do Sagrado Corão. Eu sabia que se os talebans me pegassem indo pra escola, eu seria espancada. Acho que os talebans não queriam que fôssemos a escola. Os talebans diziam: “Meninos são homens, meninas são mulheres, e mulheres não vão à escola”. Fiquei muito triste e com raiva quando fizeram aquilo conosco. Os meninos podiam ir pra escola sem esconder seus livros, sem medo, mas nós tínhamos que nos esconder. Gosto de todas as matérias da escola. Também gosto de cozinhar. Quero concluir meus estudos e ser médica. Estou feliz agora que os talebans foram embora e posso ir a escola livremente. Também posso ver televisão e assistir programas infantis.Quero estudar e ir a escola. Isso, porque, no futuro, quero ajudar meu povo que é muito pobre.Quero que as crianças de outros países também tenham o direito de ir à escola. O estudo é bom para todas as pessoas. As outras crianças devem ser corajosas, como nós, as meninas do Afeganistão fomos”

{Trecho Extraído do Livro: Mulheres de Cabul - Herriet Logan}

Sinopse:
O livro "Mulheres de Cabul", da premiada fotógrafa inglesa Harriet Logan, amplia, de maneira mais realista, o universo afegão mostrado em "O Caçador de Pipas", de Khaled Hosseini, e em "O Livreiro de Cabul", de Asne Seierstad, os principais bestsellers deste ano em todas as listas. Com mais uma vantagem: traz dezenas de belíssimas fotos. Trata-se de uma reportagem viva, emocionante, quase inacreditável, que supera qualquer ficção. Harriet visitou o Afeganistão para ouvir e fotografar dezenas de mulheres durante o regime do Taleban e depois dele. Durante o regime do Taleban, de setembro de 1996 a outubro de 2001, as mulheres do Afeganistão foram submetidas a absurdas leis repressoras, como não poder trabalhar fora nem freqüentar escolas. Era proibido rir em público, ouvir música, empinar pipas, e fotografias eram consideradas formas de idolatria. Foi nesse mundo de trevas que Harriet Logan mergulhou em busca de histórias e imagens humanas e dolorosas, a convite da London Sunday Times Magazine, em dezembro de 1997, quinze meses depois que o Taleban havia assumido o controle do Afeganistão. Era uma missão perigosa, mas o risco valeu a pena, como se pode confirmar nas páginas de "Mulheres de Cabul". Algumas das mulheres ouvidas e fotografadas em 1997 foram novamente visitadas por Harriet após a queda do Taleban, em 2001, como Zargoona (professora de física antes do regime do Taleban), que chorou nas duas vezes em que recebeu Harriet em casa. Sanam, uma garota de nove anos, que sonha em ser médica, pôde comemorar os novos tempos de liberdade com sua boneca chamada Sadaf. "Quando os Talebans estavam aqui, eu precisava esconder minha boneca atrás de mim, porque se eles a encontrassem, teriam me batido."
...
O livro mostra a triste realidade de um pais devastado pela guerra contra a Rússia e depois levado ao primitivismo do Taleban. A realidade dessas mulheres é exposta de maneira profundamente explícita em relatos e fotos. É um livro de reportagem, e precisa ser sempre lembrado, para que fatos como esses não voltem a acontecer!

Editora: Ediouro
Assunto: Comunicaçao-Jornalismo
ISBN: 8560302018
Idioma: Português
Tipo de Capa: BROCHURA
Edição: 1
Número de Páginas: 128

Um comentário:

Alexsander disse...

Esse eu gostei amor, vou "ler".. 159